O Congresso pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que rejeite as quatro ações que contestam a constitucionalidade das emendas de relator. O tema deve ser julgado a partir desta quarta-feira, 7, pelo plenário da Suprema Corte. Trata-se de um dos casos mais aguardados do calendário político.
O Legislativo argumenta que, desde as primeiras decisões do STF sobre o assunto, a Câmara e o Senado já tomaram medidas para tornar mais transparente o repasse de verbas. O dinheiro das emendas é concentrado especialmente nos relatores.
Em manifestação encaminhada à Corte, o Congresso alega que as emendas são “constitucionais, legais e regimentais, e a execução orçamentária das emendas de relator-geral observa os mesmos parâmetros de impessoalidade, publicidade e transparência das demais rubricas orçamentárias”.
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O Congresso declarou que as emendas de relator representam “uma importante ampliação da influência do Poder Legislativo na alocação de recursos orçamentários e na descentralização de políticas públicas a pequenos e médios municípios, atendendo ao interesse público”.
O texto ressalta ainda que as emendas são uma “escolha democrática”, aprovada pela Câmara e pelo Senado. “As emendas aprovadas, inclusive as de relator, transformaram-se em programações submetidas a todos os critérios de especificação dos demais programas de trabalho que integram a elaboração da lei orçamentária”, diz o documento. “Sua formatação e sua classificação se dão de modo rigorosamente igual ao que acontece com as programações de iniciativa do Executivo.”
Segundo o Congresso, “eventuais casos de malversação de recursos públicos devem ser apurados pelas instâncias competentes, mas não podem fundamentar, com o marco regulatório atual, o reconhecimento da inconstitucionalidade de tais normas e práticas institucionais”.
O que são as emendas de relator
Ao longo do primeiro mandato do presidente Jair Bolsonaro (PL), o consórcio de imprensa buscou implacavelmente um escândalo de corrupção que pudesse ser equiparado ao Mensalão e ao Petrolão. Houve diversas tentativas, até que uma delas fez sucesso entre os representantes da velha mídia: a existência de um “Orçamento secreto”. “É um esquema tão sofisticado que nem os próprios jornais conseguem comprovar os crimes”, escreve o jornalista Silvio Navarro, em reportagem publicada na Edição 125 da Revista Oeste.
É importante ressaltar que a peça orçamentária é manejada e aprovada pelo Congresso Nacional. Cabe ao Executivo enviar seu planejamento de despesas e arrecadação, mas o ajuste é realizado pelo Legislativo. E mais relevante: esses recursos são legais, previstos na legislação brasileira.
“É prática recorrente dos governos atender a pleitos dos parlamentares para manter a fidelidade de sua base no Congresso”, explica Navarro. “Goste-se ou não do modelo, é algo que se chama articulação política. No governo Bolsonaro, passou a ser tratado pelo consórcio de imprensa como um escândalo de compra de apoio parlamentar.”
Leia mais: “Escândalo de festim”, reportagem de Silvio Navarro publicada na Edição 125 da Revista Oeste
Chegamos a um ponto da “nossa democracia”,que eu acho é engraçado quando vejo um noticia de “alguém”entrando,no sts/tse,com uma queixa contra a esquerda,pois sabemos que não dá em nada. Vão só levar um “NÃO” deles(stf/tse)!!!!
Traduzindo … as tais emendas foram gestadas no congresso aprovadas mas vetadas pelo presidente para a roubalheira da politicalha que não foram subornados uma única vez pelo governo que sai MAS não dá chance à quadrilha que entra de comprar a Câmara e Senado como antes fizeram … apenas isto e assim não duvidem que agora o STF torne as emendas inconstitucionais deixando a rapaziada no bolso do ladrão.