O Ministério da Justiça e Segurança Pública deu início nesta semana à construção de uma muralha ao redor da Penitenciária Federal de Mossoró (RN), informa a CNN. A unidade, que registrou a primeira fuga do Sistema Penitenciário Federal de segurança máxima em fevereiro de 2023, receberá também torres de vigilância, seguindo o modelo da Penitenciária de Brasília. O investimento total está estimado em R$ 37 milhões.
+ Leia mais notícias de Política em Oeste
A obra estava prevista para começar no segundo semestre de 2023. Houve atraso. Em abril de 2024, durante a recaptura dos dois fugitivos, o secretário nacional de Políticas Penais, André Garcia, afirmou em entrevista à CNN que a construção de muralhas seria expandida para outras unidades federais, entre elas Porto Velho (RO), Campo Grande (MS) e Catanduvas (PR). No entanto, a unidade de Rondônia também não foi concluída dentro do prazo inicial.
Além da muralha, a penitenciária de Mossoró recebeu outros reforços de segurança depois da fuga. Foram adquiridas 11 viaturas semiblindadas, 194 câmeras digitais, 12 televisores para monitoramento, drones de vigilância e leitores faciais para controle de acesso.
A iluminação do complexo foi ampliada, e as celas passaram por melhorias estruturais. Um novo plano de defesa da unidade também foi implantado, com treinamento específico para a equipe.
Muralha em presídio de Brasília
O contrato com a empresa responsável pela obra prevê um prazo de oito a 12 meses, mas integrantes do Ministério da Justiça acreditam que a conclusão deve ocorrer em oito meses. Na última sexta-feira 24, André Garcia visitou a penitenciária para acompanhar o andamento dos trabalhos.
Leia mais: “Fuga no Presídio de Mossoró: negligência ou participação?”
Atualmente, apenas a Penitenciária Federal de Brasília, que abriga integrantes da cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC), possui uma muralha, sendo considerada a unidade mais segura da América Latina.
