O ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel (PSC) presta depoimento nesta quarta-feira, 16, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19. Governistas devem explorar as denúncias de desvios de dinheiro destinado ao enfrentamento da epidemia de coronavírus. Conforme o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, cinco organizações sociais contratadas pelo governo do Estado para gerir hospitais de campanha abasteceram o “caixinha da propina” da gestão Witzel.
A Justiça sustenta que, em seis meses, R$ 50 milhões deixaram de chegar à população. Desse total, parte foi para a carteira de empresários, do ex-governador (R$ 554,2 mil, por intermédio do escritório da esposa dele, Helena Witzel) e de secretários estaduais. As acusações custaram o mandato de Witzel, cassado em abril deste ano pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Ainda hoje, a CPI deve analisar a retirada de sigilo de documentos recebidos, votar novas convocações e quebras de sigilos.
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