O deputado estadual Carmelo Neto (PL-CE) protocolou na manhã de quinta-feira 5 o pedido de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). O objetivo dele é criar um colegiado para investigar casos de violência no futebol cearense.
A iniciativa ocorre depois de o Fortaleza Esporte Clube, finalista da Copa Sul-Americana, romper parcerias institucionais com duas torcidas organizadas que se envolveram em uma briga, em frente à sede do clube. A confusão resultou no assassinato de um torcedor.
“O intuito da CPI da Violência do Futebol é identificar, processar e punir os CPFs daqueles que cometem crimes de violência no âmbito do futebol”, destacou o deputado.
Violência no futebol brasileiro
No primeiro jogo da semifinal da Sul-Americana, entre Fortaleza e Corinthians, na Arena NeoQuimica, em São Paulo, que foi realizado em 26 de setembro, duas torcidas organizadas do Fortaleza se envolveram em cenas de violência antes e durante o jogo. Mais de 30 torcedores foram detidos pela polícia paulista.
Na semana seguinte, depois do jogo que eliminou o Corinthians do torneio, realizado na terça-feira 3, os torcedores invadiram o hotel onde os jogadores do Fortaleza estavam hospedados. Além de empurrões, houve correria e xingamentos.
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Em março deste ano, um torcedor do Ceará Sporting Club, outro time de futebol da capital cearense, foi morto a pauladas. Antes do início de um jogo na Arena Castelão, ele foi cercado e espancado por outro grupo rival.
Também vale lembrar que no último jogo entre Fortaleza e Ceará, 321 cadeiras foram quebradas, contabilizando um prejuízo de R$ 151,8 mil aos cofres dos dois times.
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Criação da CPI da Violência do Futebol no Ceará
O deputado autor do requerimento destacou que a Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) trabalhará por um protocolo de segurança nos estádios. Ele acredita que o primeiro passo será individualizar as condutas e punir ao rigor da lei.
Para ser instalada, a CPI da Violência do Futebol precisa ser passar pela Procuradoria da Alece e ser pautada pelo presidente da Casa legislativa cearense, deputado Evandro Leitão (PDT-CE).
Depois da instalação, os líderes dos partidos indicam os membros que irão fazer parte do colegiado.
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Deixem que se arrebentem entre si. Por que que o dinheiro público usado no pagamento de seus representantes tem que ser desperdiçado em CPI que não atendem ao interesse público? Isso é caso de polícia, é briga de vagabundos, não é nada que a polícia não possa e não deva resolver. Os deputados dever resolver são os problemas do povo que os elegeu e não ficar procurando holofotes em CPI que estão perdendo os focos e se banalizando.