A instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs da Amazônia foi autorizada nesta terça-feira, 16, pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Com a maioria dos membros já indicados e registrados na Mesa Diretora, chega ao fim a luta de quase cinco anos do senador Plínio Valério (PSDB-AM), autor do requerimento, para que a CPI saísse do papel.
A Comissão vai investigar denúncias de indígenas e outras lideranças da região sobre a existência de um governo paralelo, comandado por organizações não-governamentais. Esses grupos seriam financiados por empreendimentos estrangeiros, principalmente pelo Fundo Amazônia, abastecido até agora com R$ 5,5 bilhões pela Noruega e Alemanha .
Os partidos da base governista não quiseram fazer as indicações até agora, na tentativa de evitar a instalação da CPI. Mas, com a maioria dos 11 titulares e sete suplentes já indicados, o regimento do Senado prevê que a CPI seja instalada. Até agora, seis dos 11 titulares já foram indicados.
Pacheco confirma instalação da CPI das ONGs
“Parece-me que os outros partidos que não indicaram não têm interesse na CPI”, observou o senador. “A pergunta que fica à Mesa: é possível instalar a CPI das ONGs com indicação de seis representantes, o que significa a maioria? Isso é possível?” Pacheco confirmou a legalidade. “Senador Plínio Valério, é perfeitamente possível, à luz do regimento, já fazer a reunião para a instalação da Comissão Parlamenar de Inquérito.”
Segundo Plínio, os trabalhos serão iniciados para encontrar soluções. “Uma delas é escancarar, é mostrar, é a transparência do dinheiro que vem do Fundo Amazônia.”
No momento da instalação, será feita a eleição para os cargos de presidente e relator da CPI. Como autor da CPI, Plínio disputará o cargo de presidente da comissão.
Vão descobrir um monte de “PODRES” nestas ONGs.
Um monte de CPIs inúteis na Câmara e Senado, todas para tirar o foco da única que interessa: a CPMI do 8 de janeiro.