Por 20 votos a favor e 11 votos contrários, a CPMI do 8 de Janeiro aprovou, nesta quarta-feira, 18, o relatório governista sobre as investigações do colegiado. Com mais de 1,3 mil páginas, o documento foi elaborado pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA), aliada do ministro da Justiça, Flávio Dino.
Apresentado na terça-feira 17, o documento sugere o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outras 60 pessoas — a maioria é aliada ou próxima ao ex-chefe do Executivo.
No relatório da CPMI, Eliziane afirma que Bolsonaro foi o “autor intelectual e moral” dos atos de depredação que aconteceram na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
A parlamentar sugeriu que o ex-presidente fosse responsabilizado pelos crimes de associação criminosa, violência política, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
Entre os aliados do ex-presidente, que a senadora sugeriu o indiciamento no relatório da CPMI, estão cinco ex-ministros, sendo: o general Walter Braga Netto (Defesa), general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), general Paulo Sérgio Nogueira (Defesa) e Anderson Torres (Justiça e Segurança Pública).
Além disso, está a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP); o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; Tércio Arnaud Tomaz; ex-assessor especial da Presidência; e 22 militares.
No documento, contudo, não há o pedido de indiciamento do general Gonçalves Dias, ex-ministro do GSI.
Segundo informações da mesa diretora da CPMI, o colegiado realizou 23 reuniões, 21 oitivas, recebeu quase 2,1 mil requerimentos, aprovou 660 documentos, rejeitou 74 requerimentos e recebeu pouco mais de 650 documentos — entre públicos e sigilosos.
Como mostrou Oeste, o colegiado vai encerrar investigação sem votar mais de 1,3 mil requerimentos. A CPMI ainda deixou de ouvir 27 depoentes que foram convocados.
Ontem, a oposição fez a leitura do voto separado — relatório paralelo da CPMI. No texto, eles pediram o indiciamento de seis pessoas. Entre elas, do presidente Lula; do ministro da Justiça, Flávio Dino; e do general Gonçalves Dias.
O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) também apresentou um voto separado, que foi anexado ao documento da oposição, que possui quase 400 páginas.
O relatório governista será encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR), Ministério Público Federal e Supremo Tribunal Federal.
O documento da oposição também deve ser encaminhado para a PGR. O leitor pode conferir a íntegra dos três textos neste link.
Lista de pedidos de indiciamentos do relatório da CPMI
Ao todo, o documento da base governista sugeriu o indiciamento de 61 pessoas, confira:
- Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente da República;
- George Washington de Oliveira Sousa, condenado por atentado a bomba;
- Alan Diego dos Santos Rodrigues, condenado por atentado a bomba;
- Wellington Macedo de Souza, condenado por atentado a bomba;
- Antônio Galvan, sojicultor em Sinop/MT, presidente da Aprosoja Brasil;
- Jeferson da Rocha, advogado;
- Vitor Geraldo Gaiardo, sojicultor e presidente do Sindicato Rural de Jataí/GO;
- Humberto Falcão, sojicultor em Primavera do Leste/MT e proprietário de empresa de sementes;
- Luciano Jayme Guimarães, sojicultor em Rio Verde/GO e presidente do Sindicato Rural de Rio Verde;
- José Alípio Fernandes da Silveira, sojicultor em Barreiras/BA e presidente da Andaterra;
- Valdir Edemar Fries, sojicultor em ltambé/PR;
- Júlio Augusto Gomes Nunes, comerciante em Campo Grande;
- Joel Ragagnin, sojicultor em Jataí/GO e presidente da Aprosoja Goiás;
- Lucas Costa Beber, sojicultor em Nova Mutum/MT e vice-presidente da Aprosoja Mato Grosso;
- Alan Juliani, sojicultor em São Desidério/BA e presidente da Aprosoja Bahia de 2017 a 2021;
- Mauriro Soares de Jesus, sócio do USA Brasil;
- Ricardo Pereira Cunha, integrante do grupo Direita Xinguara;
- Enric Juvenal da Costa Laureano, consultor da Associação Nacional do Ouro;
- Adauto Lúcio de Mesquita, sócio da empresa “Melhor Atacadista”;
- Joveci Xavier de Andrade; sócio da empresa “Melhor Atacadista”;
- Meyer Nigri, empresário;
- Ridauto Lúcio Fernandes, general da reserva;
- Coronel Marcelo Costa Câmara, integrava a equipe de Ajudância de Ordens do ex-presidente;
- Maurício Junot, fundador da empresa Combat Armor Brasil;
- Marcelo de Ávila, policial rodoviário federal;
- Alexandre Carlos de Souza e Silva, policial rodoviário federal;
- Tércio Arnaud Tomaz, ex-assessor especial da presidência da República;
- Fernando Nascimento Pessoa, assessor parlamentar do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ);
- José Matheus Sales Gomes, ex-assessor especial junto ao Palácio do Planalto;
- Filipe Garcia Martins Pereira, ex-assessor da presidência da República;
- Fábio Augusto Vieira, coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF);
- Klepter Rosa Gonçalves, coronel da PM-DF;
- Jorge Eduardo Barreto Naime, ex-coronel do Departamento de Operações da PM-DF;
- Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra, coronel PM-DF;
- Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, coronel da PM-DF;
- Flávio Silvestre de Alencar, major da PM-DF;
- Rafael Pereira Martins, tenente da PM-DF;
- Carlos José Russo Assumpção Penteado, general do Exército, então secretário-executivo do GSI;
- Carlos Feitosa Rodrigues, general de Exército, então chefe da Secretaria de Coordenação e Segurança Presidencial do GSI;
- Wanderli Baptista da Silva Junior, coronel do Exército, então diretor-adjunto do Departamento de Segurança Presidencial do GSI;
- André Luiz Furtado Garcia, coronel do Exército, então coordenador-geral de Segurança de Instalações do GSI;
- Alex Marcos Barbosa Santos, tenente-coronel do Exército, então coordenador-adjunto da Coordenação Geral de Segurança de Instalações;
- José Eduardo Natale de Paula Pereira, major do Exército, então integrante da Coordenaria de Segurança de Instalações do GSI;
- Laércio da Costa Júnior, sargento do Exército, então encarregado de segurança de instalações do GSI;
- Alexandre Santos de Amorim, coronel do Exército, então coordenador-geral de Análise de Risco do GSI;
- Jader Silva Santos, tenente-coronel da PMDF, então subchefe da Coordenadoria de Análise de Risco do GSI;
- Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal;
- Anderson Gustavo Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF;
- Coronel Jean Lawand Júnior;
- Ailton Gonçalves Moraes Barros, ex-major do Exército;
- Coronel Antônio Elcio Franco Filho;
- Sargento Luís Marcos dos Reis, ex-integrante da ajudância de ordens da Presidência da República;
- Tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência da República;
- Comandante-general Marco Antônio Freire Gomes;
- Almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha;
- Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, ex-ministro da Defesa;
- General quatro estrelas Luiz Eduardo Ramos;
- Augusto Heleno Ribeiro Pereira, ex-ministro do GSI;
- Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa;
- delegada Marília Ferreira de Alencar, ex-subsecretária da Secretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do DF;
- Deputada federal Carla Zambelli Salgado de Oliveira;
Governo de FDP! Não apresentaram as gravações. Mentiram o tempo todo! Que um raio os partam ao meio.
CPMI = Circo político manipulando investigação!
Galvan vc é a humildade, dedicação e essência dos agricultores, não se abata pelo julgamento de recalcados. Trabalho, ética, família, dignidade não se compra, se adquire com o passar dos anos. Meu respeito ao senhor e tudo pelo que lutou. Pode ter certeza tem muita empresa de semente incomodada com sua luta pela não monopolização de produção de semente salva pelo agricultores.
Não entendo nada. Devo ser muito burro. Se está tudo desconforme, como aprovaram????????
Mais uma vez o poste urinando no cachorro! 20 parlamentares seguiram a débil mental e analfabeta relatora dessa palhaçada.
Entre a desonra e a guerra, Freire Gomes optou pela desonra e agora vai encarar a humilhação.