Em votação simbólica, a CPMI do 8 de Janeiro aprovou, nesta quinta-feira, 24, as transferências do sigilo telefônico, telemático e do Relatório de Inteligência Financeira da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP); e a reconvocação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A parlamentar é acusada de contratar o hacker Walter Delgatti para interferir no processo eleitoral brasileiro. O pedido para as transferências de sigilo partiu da relatora da ala governista, pois a oposição preferia convocar Carla. Após a análise das informações da deputada, o governo deve pedir sua convocação.
Quando esteve na CPMI, Mauro Cid permaneceu em silêncio, recusando-se a responder a todas as perguntas. Neste momento, o militar depõe na CPI do 8 de Janeiro da Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Os governistas foram frustrados, contudo, em relação às quebras de sigilo e à apreensão de passaportes do Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Tais documentos não foram sequer pautados.
Já os opositores ao governo ansiavam votar documentos relacionados às autoridades da Força Nacional de Segurança, a quebra de sigilo do hacker Walter Delgatti e um requerimento que convoca Giuseppe Dutra Janino, ex-secretário de Tecnologia da Informação no Tribunal Superior Eleitoral por 15 anos.
Entre os três requerimentos citados, o presidente da CPMI, deputado federal Arthur Maia (União Brasil-BA), pautou apenas a quebra de sigilo do hacker — aprovada também hoje.
Agora, os parlamentares ouvem o depoimento do sargento do Exército Luis Marcos dos Reis. Neste link, o leitor pode conferir a pauta completa que foi aprovada pela comissão.