Cristina Graeml, jornalista e ex-candidata à Prefeitura de Curitiba, anunciou que se desligou do Partido da Mulher Brasileira (PMB). Ela publicou um vídeo no Instagram, nesta quinta-feira, 19, para fazer o anúncio.
“Não estou mais vinculada a nenhum partido”, afirmou Cristina. “Sei que esse foi só o início de um grande movimento, e espero em breve poder trazer notícias sobre os meus próximos passos na política.”
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A saída da sigla ocorre em conjunto com seu articulador político, Eduardo Pedrozo. Cristina busca uma nova legenda para as eleições de 2026, sem definir ainda o cargo que pretende disputar.
Ao jornal Gazeta do Povo, a jornalista negou que já tenha decidido concorrer ao Senado ou ao governo do Paraná. Ela disse que são seus apoiadores que sugerem isso.
Cristina afirmou estar focada no retorno ao jornalismo. A decisão de deixar o PMB está ligada a desgastes internos, especialmente depois de conflitos judiciais com a executiva nacional do partido.
Cristina Graeml enfrentou dificuldades com o diretório nacional
Sued Haidar Nogueira, presidente do PMB, tentou dissolver diretórios municipais e estaduais depois da candidatura de Cristina ser lançada. Ela não queria que a jornalista concorresse à Prefeitura de Curitiba.
“Deixo o meu agradecimento público ao Fabiano do Santos, que presidia a executiva estadual, e também ao Luiz Tadeu, presidente da executiva municipal”, afirmou o Cristina, no Instagram. “Se não fosse por vocês dois, eu não teria conseguido lançar a minha candidatura, já que todos nós sofremos ataques imensos da executiva nacional.”
Fabiano dos Santos, ex-presidente estadual do PMB, que comandou o partido durante as convenções de 2024 no Paraná, mostrou-se surpreso com a notícia da saída de Graeml.
“Conseguimos assegurar a candidatura da Cristina Graeml na Justiça”, afirmou Santos à Gazeta do Povo. Ele disse que esperava que houvesse uma conversa antes de tal decisão. Santos criticou a executiva nacional, que, segundo ele, “bagunçou” o partido.
Jornalista não deve ir para o PL
Eduardo Pedrozo, articulador de Cristina, descartou a possibilidade de filiação ao Partido Liberal (PL), apesar das boas relações da jornalista com Jair Bolsonaro. Ele citou resistências internas, principalmente de Filipe Barros (PL-PR) e Paulo Eduardo Martins.
“Se ela for para um partido grande, Barros enfrentará dificuldades para conseguir uma das vagas do Senado”, disse Pedrozo.
Relações com o Partido Novo também foram descartadas por causa de conflitos com Deltan Dallagnol. Pedrozo afirmou que “o Novo é um partido que serve a um dono, que se chama Deltan Dallagnol”.
Com o PL e o Novo fora de consideração, Cristina avalia outras opções, como Republicanos, União Brasil e Podemos. Pedrozo afirmou que, se conseguirem garantir uma legenda para 2026, Cristina estará na disputa. “Se não conseguirmos, não tem problema, a vida segue”, disse.
A possibilidade de Cristina concorrer ao Senado ou ao governo do Paraná está em aberto. Muitos apoiadores nas redes sociais defendem a candidatura da jornalista ao Senado. “Se você der uma olhada na rede social dela, verá que os comentários são bem ricos e 90% pedem ela no Senado”, afirmou Pedrozo.