Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estão divididos sobre as recentes decisões do ministro Dias Toffoli de suspender as multas decorrentes da Operação Lava Jato. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo, que ouviu reservadamente ministros do Supremo.
Recentemente, o ministro suspendeu a multa de R$ 10,3 bilhões da J&F. Ele também mandou a Procuradoria-Geral da República (PGR) retomar uma investigação contra a ONG Transparência Internacional, por suposta apropriação de recursos recuperados na operação.
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No caso da J&F, alguns ministros, segundo o Estadão, têm avaliação semelhante ao do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que recorreu na segunda-feira 5 da decisão de Toffoli que beneficiou a empresa dos irmãos Joesley e Wesley Batista.
O PGR afirmou que o acordo de leniência não foi assinado com a Lava Jato de Curitiba, sobre a qual pairam suspeitas de “conluio” entre o então juiz Sergio Moro e os procuradores da força-tarefa. A suspeita surgiu depois que o hacker Walter Delgatti Netto acessou e divulgou conversas entre o juiz e procuradores. Esse material foi apreendido na Operação Spoofing, apelidada de Vaza Jato.
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Segundo o jornal, alguns ministros concordaram com o procurador-geral da República e disseram que os casos da Odebrecht e da J&F tiveram acordos de leniência totalmente distintos. O acordo da J&F foi fechado em Brasília. Além disso, Gonet afirmou que não há provas — mas apenas ilações — de que houve coação no acordo com a J&F.
Ainda não se sabe se o caso da J&F será levado ao plenário do STF, onde a divergência entre os ministros parece ser maior, ou se irá para a 2ª Turma, que poderá ter maioria a favor da decisão de Toffoli. Gilmar Mendes deve acompanhar o colega, e Nunes Marques votou com os dois em casos recentes da Lava Jato. Os votos contrários devem vir de André Mendonça e Edson Fachin.
Toffoli estaria buscando reconciliação com Lula ao minar Lava Jato
As decisões em série de Toffoli contra a Lava Jato são uma tentativa de Toffoli, ex-advogado do PT, de se reaproximar de Lula, que o indicou para o STF em 2009, segundo o Estadão. “Nos bastidores, políticos da oposição dizem que Toffoli tem tomado essas decisões de ataque frontal à Lava Jato para se reconciliar com Lula, que foi condenado pela operação”, diz o jornal.
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Lula tem dito a interlocutores que quer receber Toffoli no Palácio da Alvorada para uma conversa privada que levaria à reconciliação. Os dois romperam depois que Toffoli proibiu Lula de ir ao velório do irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá, em janeiro de 2019, quando o petista estava preso em Curitiba.
Não li e vou dispensar outras matérias semelhantes. Esses superegos togados se excitam ao aparecer na mídia, e chegam a chorar ao vivo, como já testemunhamos. Não sei se também ficam “molhadinhos”.
A Oeste e a GP deveriam desligar os holofotes e microfones para essa gente vaidosa e imoral. Noticiar somente quando de seus impeachments ou de suas aposentadorias compulsórias.
Tudo jogo de cena, são parceiros. Ao perdoar dívidas de bilhões de reais, imaginem como as empreiteiras estão agradecidas ao STF.
Agora imaginem como as empreiteiras vão agradecer.
É fácil.
A habilidade da mente humana para racionalizar justificativas ou fatos de seu próprio interesse, deveria ser considerada uma das maravilhas deste mundo. Custe o que custar, o Tofolli esta determinado a ser abraçado pelo molusco.
Que vergonha !!!