A defesa do ex-deputado federal Roberto Jefferson reiterou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o pedido para que a prisão preventiva dele seja convertida em detenção domiciliar.
No reforço, os advogados argumentam que o político precisa de “uma vida digna, sob cuidados médicos”. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo na sexta-feira 30.
A solicitação acontece depois que o ministro Alexandre de Moraes, do STF, questionou os advogados e a Procuradoria-Geral da República (PRG) sobre a transferência hospitalar de Jefferson para a prisão.
O Hospital Samaritano Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro, onde o ex-deputado está internado anexou um relatório que informa que ele já possui uma “condição clínica” para retornar ao cárcere.
No pedido de soltura, porém, a defesa utiliza outro laudo elaborado por médicos particulares. O documento alega que o ex-parlamentar não possui os “meios tecnológicos e medicamentosos necessários ao tratamento”.
Conforme o relatório, Roberto Jefferson precisa de um “tratamento intensivo clínico, psiquiátrico — com vigilância rigorosa do uso regular das medicações prescritas pela memória prejudicada –, neurológico, nutricional e fisioterápico, além de auxílio para higiene e locomoção”.
Os advogados então solicitam ao menos a permanência do ex-deputado no hospital em que ele já está, “sob pena de agravamento no estabelecimento prisional”. Até o momento, a PGR não se pronunciou.
Prisão de Roberto Jefferson
Às vésperas do segundo turno da eleição presidencial, Roberto Jefferson se entregou à Polícia Federal (PF), depois de reagir à bala contra agentes da PF que foram prendê-lo por determinação do ministro Alexandre de Moraes.
O STF havia determinado a volta de Jefferson para o regime fechado, por violações a medidas restritivas que tinha de cumprir, enquanto esteve detido em prisão domiciliar. Naquele ano, Jefferson foi enquadrado no inquérito que apura a atuação de uma suposta milícia digital na internet.
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