Pasta vai utilizar recursos da Operação Lava Jato para adquirir microssatélites
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O Ministério da Defesa vai injetar R$ 145 milhões para adquirir microssatélites a serem usados no monitoramento da Amazônia. Os produtos serão comprados pelo Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia, vinculado à pasta. Conforme o governo, o dinheiro provém de valores recuperados pela Operação Lava Jato. Os aparelhos a serem adquiridos conseguem captar imagens mesmo num local com nuvens — a tecnologia é conhecida como satélite-radar.
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Dessa forma, a presença dos militares na região tende a aumentar. Em junho, o vice-presidente Hamilton Mourão, que gerencia o Conselho Nacional da Amazônia Legal, afirmou que as Forças Armadas devem seguir atuando na floresta até 2022. Atualmente, o monitoramento é feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o INPE. Desde 1998, os dados de desmatamento referentes à região são publicados no site do órgão, que tem se envolvido em polêmicas com o governo Bolsonaro.
Leia a nota do ministério
“O Ministério da Defesa informa que, desde 2016, o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia, para o cumprimento de sua missão de proteção da Amazônia, desenvolve o projeto Projeto Amazônia SAR com o objetivo implantar o Sistema Integrado de Alerta de Desmatamento por Radar Orbital (SipamSAR). O SipamSAR utiliza radares de abertura sintética (do inglês synthetic aperture radar: SAR) a bordo de satélites para realizar o monitoramento da superfície terrestre.
A tecnologia SAR é capaz de enxergar o terreno mesmo que ele esteja sob nuvens. Desta forma, mesmo na época de fortes chuvas na Amazônia, que duram cerca de oito meses do ano, o radar consegue monitorar o desmatamento. O SipamSAR nasceu para complementar o sistema Deter do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) no período de maior cobertura de nuvens, já que o Deter utiliza imagens óticas. São utilizados recursos da operação Lava Jato, destinados justamente a aprimorar a proteção da Amazônia.”
Governo Bolsonaro investindo em Defesa e aumentando os olhos sobre a região.
Respeito admirável ao país.
Espero que não seja tecnologia chinesa, senhor Fernando de Azevedo.
É uma merrequinha se comparar com o que investe Israel que é 400 vezes menor que o Brasil.