Líderes partidários do Senado discutiram, nesta quinta-feira, 20, a realização de uma sessão temática de debates para discutir o Projeto de Lei (PL) 2234/2022, que trata sobre a exploração de jogos e apostas em todo o Brasil. Na prática, o texto libera a instalação de cassinos e jogos de azar, a exemplo dos bingos, videobingos, jogo do bicho e apostas em corridas de cavalos pelo país.
A proposta foi aprovada na quarta-feira 19 pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado por 14 votos contra 12. O próximo passo seria o plenário da Casa e, depois, a sanção presidencial, pois o texto já foi aprovado pela Câmara dos Deputados. Em virtude do acirramento, o requerimento que pede a audiência, de autoria do senador Carlos Viana (Podemos-MG), já conta com 27 assinaturas. Viana é líder da Bancada Evangélica na Casa, crítica à proposta. Os parlamentares alegam que o PL dos Cassinos poderia induzir aos vícios em jogos.
O senador Eduardo Girão (Novo-CE), que é contrário ao projeto, defende ainda a ideia de que o PL dos Cassinos passe por mais comissões da Casa, como a Comissão de Assuntos Econômicos, Segurança Pública, Assuntos Sociais e Direitos Humanos. Não há, contudo, um consenso sobre isso. Líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA) disse que o governo ainda não tem posição formada sobre o assunto, mas que votou favorável à matéria na CCJ.
“Votei a favor, porque eu não acredito em nada proibido como solução de nada”, explicou a jornalistas mais cedo. “Hoje, com jogos no celular e no computador, cassino, por assim dizer, está dentro de casa.”
PL dos Cassinos
Protocolado em 1991 na Câmara dos Deputados, o PL dos Cassinos chegou ao Senado em 2022, mas não tinha consenso para votação. A proposta libera a instalação de cassinos em complexos integrados de lazer ou embarcações especificamente destinados a esse fim. Os complexos integrados devem ser de alto padrão, com ao menos cem quartos, restaurantes, bares e locais para reuniões e eventos culturais.
Conforme o PL dos Cassinos, cada Estado mais o Distrito Federal poderá ter apenas um cassino. O Estado de São Paulo, contudo, poderá ter até três estabelecimentos. Já Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pará e o Amazonas poderão ter até dois, em virtude do tamanho do território e da população local.
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Os cassinos instalados em navios, que serão limitados a dez em todo o país, deverão obedecer aos seguintes limites: um estabelecimento em cada rio com extensão entre 1,5 mil quilômetros (km) e 2,5 mil km; dois cassinos em cada rio com extensão entre 2,5 mil km e 3,5 mil km; e três em cada rio com extensão acima de 3,5 mil km. As embarcações não podem estar ancoradas na mesma localidade por mais de 30 dias seguidos.
Para funcionar, os cassinos deverão comprovar o capital social mínimo integralizado de ao menos R$ 100 milhões. O credenciamento será válido por 30 anos, sendo renovável.
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Relator do PL dos Cassinos no Senado, Irajá (PSD-TO) destacou que a aprovação do texto promoverá o turismo, impulsionará a economia e vai garantir segurança e transparência nos jogos. Segundo o senador, o projeto pode gerar R$ 44 bilhões em investimentos, além de criar 700 mil empregos de forma direta e dobrar o número de turistas no Brasil.
Irajá lembrou ainda que o texto estabelece regramentos específicos para diferentes jogos e que há mecanismos rigorosos de controle financeiro, além de medidas contra o crime organizado e que seria criada uma política nacional para prevenir e tratar o vício em jogos.
Antes da liberação de apostas on-line pelo Congresso, o PL sobre os cassinos não era consenso no Parlamento. Agora, contudo, há expectativa de aprovação até mesmo no plenário do Senado.
Casinos ok, mas temos muito mais urgência na implantação de urnas de 3ª geração.
Eu penso da seguinte forma: Liberar Cassinos em zonas turísticas no Brasil, vai trazer divisas e investimentos para esses locais e, vai criar milhares de empregos diretos e indiretos ao redor desses cassinos hoteis. Portanto, isso vai trazer progresso e renda para os brasileiros.
Proibir jogo no Brasil é uma hipocrisia. Aqui se joga tudo, oficial e clandestinamente. Essa tal bancada evangélica deveria se unir é pra enfrentar esse desgoverno petista e o tirano Moraes.
Não acreditar em nada que possa ser proibido importa em negar a importância das leis.