Bia Kicis critica regra que dá comando do processo eleitoral aos partidos
Defensora assumida de que o Brasil precisa encarar uma reforma política, a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) voltou a falar sobre o tema na noite de hoje. Em entrevista à rádio Jovem Pan, a integrante da base aliada do presidente Jair Bolsonaro levantou questões como formatos de candidaturas, sistema de governo e reeleição às mesas diretoras das Casas legislativas.
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Sobre modelo de candidaturas, Bia defende a ideia de que o processo eleitoral não pode ser controlado somente pelos 33 partidos políticos devidamente registrados no país. Ela afirma que a reforma política precisa passar pela liberação da chamada candidatura avulsa, quando determinado político chega ao pleito sem ser filiado a nenhuma legenda — atualmente, Bolsonaro é exemplo de agente público sem partido.
“[A candidatura avulsa] é muito democrática”, declarou a congressista ao participar de Os Pingos nos Is, atração em que respondeu a perguntas formuladas pelo apresentador Vitor Brown e pelos comentaristas Guilherme Fiuza e Ana Paula Henkel, esses dois últimos colunistas da Revista Oeste.
“Temos o hábito de votar em pessoas, não em partidos”
Nesse ponto, a entrevistada destacou que aprovar a candidatura avulsa não representará nenhuma novidade no cenário político mundial. Pelo contrário, aliás. “O Brasil é um dos únicos lugares do mundo onde isso não é possível”, pontuou. “Temos o hábito de votar em pessoas, não em partidos”, alegou a deputada.
Não ao parlamentarismo
Ainda sobre reforma política, Bia Kicis fortaleceu seu pensamento contrário à possibilidade de o sistema de governo brasileiro trocar o presidencialismo pelo parlamentarismo. Para ela, não é correto mudar esse tipo de regra após esforços concentrados para a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República. Admite, contudo que, no Congresso Nacional, há políticos que “querem impor o parlamentarismo”.
Por fim, a deputada federal pelo PSL do Distrito Federal criticou a tentativa de reeleição por parte de Davi Alcolumbre (DEM-AP) e Rodrigo Maia (DEM-RJ) para as presidências do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, respectivamente. Situação que ela classifica como “manobra”. Além de defender a alternância de poder no comando do Congresso, ela lembra que tal ação é proibida pela Constituição.