O deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP), presidente da Frente Parlamentar do Livre Mercado (FPLM), comentou as possíveis sanções que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pode enfrentar nos Estados Unidos. Segundo o deputado, as medidas podem incluir desde o bloqueio de vistos e contas bancárias até um pedido de extradição.
Orleans e Bragança acredita que tais ações desencadeariam um efeito cascata, o que afeta outros magistrados do Supremo. O parlamentar avalia que, diante desse cenário, o próprio ministro poderia buscar um acordo para evitar desdobramentos mais graves, mas ressalta que os EUA dificilmente recuariam diante de tais movimentações.
“A imagem de Alexandre de Moraes já está sendo questionada pela mídia internacional, inclusive por veículos tradicionalmente alinhados à esquerda”, disse o deputado a Oeste. “Tanto nos EUA quanto na Europa, a cobertura sobre o ministro não é favorável, o que pode contribuir para um cenário ainda mais adverso para ele.” Para Orleans e Bragança, essa situação evidencia um isolamento crescente e uma mudança de percepção internacional sobre o Judiciário brasileiro.
Alexandre de Moraes pode atrapalhar a relação entre os EUA e o Brasil
Quando interpelado sobre o impacto dessas sanções para o Brasil no contexto global, Orleans e Bragança enfatiza que o país tem um peso institucional relevante entre os mercados emergentes. “Brasil é reconhecido como o mais institucionalizado entre nações como China, Rússia e Índia”, observou. No entanto, o deputado ressalta que, apesar da estrutura democrática, o arranjo institucional brasileiro foi comprometido ao longo dos anos, o que permite a concentração de poder e a corrupção do sistema. “A atual conjuntura afasta o Brasil da posição de referência democrática e fortalece a necessidade de uma correção estrutural”, disse.
Outro ponto abordado pelo deputado foi o papel do Brasil no cenário geopolítico global. Ele argumenta que o país tem importância estratégica para os EUA, especialmente por ser um dos maiores mercados de mídia social do mundo. O parlamentar acredita que a censura e o controle da informação dentro do Brasil preocupam a comunidade internacional, pois impactam diretamente a circulação de informações e a liberdade de expressão. “Os EUA estão atentos a essa questão e agirão para evitar que o país se alinhe a regimes autoritários, como China e Rússia”, disse.
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O deputado analisou também as implicações de um possível alinhamento do Brasil com esses países. Ele ressaltou que, caso o Brasil se torne um satélite de potências como China e Rússia, isso poderia representar uma ameaça direta aos interesses dos Estados Unidos na região. “Diferentemente de outras nações da América Latina, o Brasil tem uma dimensão continental e um peso econômico significativo, tornando-o um ponto de atenção para potências estrangeiras”, observou.
Para Orleans e Bragança, os EUA já demonstram preocupação e devem agir para conter qualquer avanço de influência estrangeira no Brasil.
O cabeça de ovo já está trincado