Em virtude dos indiciamentos da Polícia Federal (PF) contra parlamentares, o deputado federal Bibo Nunes (PL-RS) protocolou, nesta quarta-feira, 11, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 48/2024. O texto amplia a imunidade parlamentar de políticos.
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A proposta prevê punição a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que violarem a imunidade, sem pagamentos de subsídios e com proibição de exercer cargos públicos por até cinco anos.
O projeto obteve 187 assinaturas, mais do que as 171 necessárias para a tramitação. Em entrevista à edição desta quinta-feira, 12, do Jornal da Oeste, o deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS), que é co-autor da PEC, disse que a proposta é importante porque, “além de os parlamentares terem a prerrogativa garantida, também estabelece punição para quem violar esse preceito”.
Marcel van Hattem foi indiciado pela PF
No fim de novembro, a Polícia Federal (PF) indiciou Marcel van Hattem por supostos crimes de calúnia e injúria por um discurso feito na tribuna da Câmara dos Deputados. Na ocasião, o parlamentar criticou a atuação do delegado Fábio Shor, da PF. Além de Van Hattem, a corporação indiciou o deputado federal Cabo Gilberto Silva (PL-PB).
O artigo 51 Constituição Federal, contudo, “dispõe que os deputados são isentos de enquadramento penal por suas opiniões, palavras e votos”. Ou seja, têm imunidade — podem expressar suas opiniões — no exercício da função parlamentar.
Lira defende a imunidade parlamentar
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), manifestou-se sobre o indiciamento dos parlamentares. Ele disse estar preocupado com as “investidas da PF, para investigar parlamentares por discursos proferidos em tribuna”.
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Além disso, Lira destacou que os deputados estão em “pleno exercício da liberdade de manifestação do pensamento e de incidência absoluta da cláusula constitucional da imunidade material”.
Marcel van Hattem disse que Lira foi “extremamente correto” nas declarações. “Ele defendeu, sem titubear, a imunidade parlamentar que está prevista na constituição”, afirmou o deputado do Partido Novo gaúcho. “Isso mostrou que não é um tema de oposição, de governo, de esquerda ou de direita. Mas do Congresso Nacional.”
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Ainda segundo Van Hattem, deve ficar claro que, “quando se ataca a imunidade parlamentar de um deputado, independentemente de orientação ideológica, ataca-se o Parlamento como um todo”.
Ele ainda disse que o projeto pode avançar porque conta com o apoio do presidente da Casa. Além disso, afirmou ter certeza de que os parlamentares “vão recuperar o terreno no Parlamento”. “Ou recuperamos o terreno que a Câmara vem perdendo nos últimos anos, ou declara-se encerrada a função legislativa no Brasil.”
Leia também: “Parlamento vigiado”, reportagem de Silvio Navarro publicada na Edição 246 da Revista Oeste
Kkkkkkkk Jajá terá deputado de direita pedindo punição por ofensas proferidas pela esquerda e dizendo que são “protegidos do supremo”, mas esquecem que eles mesmos mudaram a Lei kkkkk
Bem, é um começo
Tá na hora de essas cobras voltarem pro serpentário.