Deputado quer comissão para enfrentar crise na fronteira com a Venezuela

O deputado federal Nicoletti (União-RR) protocolou um requerimento para a criação de uma comissão externa na Câmara dos Deputados para enfrentar a crise na fronteira com a Venezuela.

Segundo o parlamentar, a comissão será destinada a “acompanhar, fiscalizar e propor medidas ao governo federal para fortalecer a segurança pública e a defesa nacional na fronteira do Brasil com a Venezuela”.

+ Leia mais notícias de Política em Oeste

Na justificativa, Nicoletti indicou que a proposta surge em um momento de crescente violência na região, “impulsionada pela presença de facções criminosas venezuelanas em território brasileiro”. 

“O cenário na fronteira se agravou nos últimos meses, e a ausência de uma resposta firme por parte do governo federal coloca em risco a vida dos cidadãos brasileiros”, destacou. “Precisamos agir com urgência para restabelecer a ordem e garantir a segurança da população.”

Tensão na fronteira com a Venezuela

De acordo com Nicoletti, ocorreu um aumento dos índices de homicídios, roubos e invasões a residências, especialmente nas cidades de Boa Vista e Pacaraima. “A situação gera preocupação entre as autoridades locais”, sinalizou.

“Além disso, recentes denúncias indicam a existência de cemitérios clandestinos na região, utilizados para ocultar vítimas desses grupos criminosos”, relembrou o deputado.

+ ‘Facções venezuelanas criaram cemitérios clandestinos em Roraima’, denuncia deputado

Outro ponto de alerta é a crescente tensão entre Venezuela e Guiana. O ditador venezuelano Nicolás Maduro tem reiterado ameaças de anexar parte do território guianense, aumentando o temor de um conflito militar que poderia afetar diretamente o Brasil.

“Também há relatos de incursões de tropas venezuelanas em território brasileiro sem qualquer reação por parte do governo federal”, afirmou Nicoletti. “Não podemos permitir que o Brasil se torne um corredor estratégico para conflitos internacionais ou um refúgio seguro para facções criminosas. A criação desta comissão é um passo essencial para defender nossa soberania e proteger a população que vive na fronteira.”

+ Mulher de 38 anos é a 1ª identificada entre os mortos em cemitério clandestino