O deputado federal Célio Studart (PSD-CE) usou dinheiro público para patrocinar fotos dele próprio sem camisa nas redes sociais. O levantamento do portal Núcleo foi feito a partir dos dados da Biblioteca de Anúncios da Meta e revelou que os anúncios foram direcionados para mulheres de 18 a 24 anos.
Em 2023, por exemplo, o deputado gastou até R$ 5,5 mil para promover as próprias fotos nas redes sociais. Os recursos vieram da cota parlamentar, verba disponível aos parlamentares para cobrir despesas com o mandato, como: aluguel de gabinetes nos Estados, passagens aéreas, alimentação, divulgação da atividade parlamentar, conta de telefone, aluguel de carros e combustível.
Entre fevereiro e março deste ano, Studart destinou aproximadamente R$ 2,3 mil para impulsionar oito publicações em suas redes sociais. Essas publicações ainda não foram pagas com dinheiro público, mas o deputado por ser reembolsado pelo custo, caso deseje.
A Câmara dos Deputados indeniza parlamentares por gastos com a “divulgação da atividade parlamentar”. Studart fez isso em 2023, quando usou a cota de gabinete para financiar anúncios parecidos.
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Aos 36 anos, o deputado é advogado e se apresenta como um parlamentar envolvido com a causa em prol dos animais, das pessoas com deficiência, do meio ambiente e da enfermagem.
Em um anúncio feito neste mês, usando a cota parlamentar, o deputado exibe sem camisa uma tatuagem no braço, da silhueta de um cachorro. “Alguns tatuam nome de namorada ou namorado”, escreveu. “Eu prefiro apostar em um amor que sei que é incondicional! Os anjos!”
Atualmente, ele comanda a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Pessoas com Autismo na Câmara dos Deputados.
Em nota, o gabinete do deputado informou que “as métricas das redes sociais do deputado mostram que o público feminino é majoritário, tanto no que diz respeito aos seguidores como também no engajamento das publicações”.
Desse modo, conforme o deputado, a segmentação das fotos para mulheres seria “natural”. Além disso, que a maioria das publicações patrocinadas estão relacionadas ao mandato. “Importante pontuar que gastos com impulsionamento de conteúdos em redes sociais são uma prerrogativa dos mandatos e integram a CEAP, a Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar”, continuou.
A conduta desse elemento nao surpreende ninguém, boa parte do orçamento é entregue aos “parlamentares” sem necessidade de prestar conta a ninguém. Talvez seja porque a classe política no Brasil é tao honesta que pode receber ouro em pó para administrar e devolver integralmente.
KKKKKK, sem comentarios.