O deputado estadual Renan Jordy (PL) discutiu com seu colega Renato Machado (PT), depois de propor uma homenagem à cantora Jojo Todynho com a Medalha Tiradentes. O bate-boca aconteceu durante uma sessão na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) nesta terça-feira, 17.
“Gostaria de prestar minha solidariedade à artista Jojo Todynho, que saiu da senzala ideológica da esquerda”, disse Jordy. O deputado se refere ao recente posicionamento ideológico da artista, que confirmou ser de direita durante live no Instagram.
+ Leia mais notícias de Política na Oeste
Ele disse ainda que o PT e o Psol “odeiam todos aqueles que pensam ao contrário” e os acusam de “verdadeiros escravocratas do século 21.”
Depois da fala de Jordy, Machado pediu respeito. “Sou um cidadão de bem, pai de família, pastor evangélico e negro, se você quiser arrumar problema pessoal comigo, você arruma lá fora”, desafiou o petista.
Enquanto Machado respondia, Jordy apontou o dedo para o paletó preto que usava. O gesto foi considerado racista pelo petista, que afirmou que vai denunciar o colega ao Ministério Público e ao Conselho de Ética da Alerj.
Segundo Jordy, ele quis ironizar que estava “tremendo de medo” e que não haveria sentido em ser racista, quando sua proposta pretendia homenagear Jojo, uma mulher negra.
Relembre o posicionamento de Jojo Todynho
Durante uma live no domingo 15, Jojo declarou apoio ao candidato a prefeito do Rio de Janeiro Alexandre Ramagem (PL). A cantora ainda disse estar aliviada por poder se declarar uma “mulher preta de direita.”
“Não aguentava mais não poder falar, porque vocês já sabiam”, disse a cantora, na ocasião. Ela já havia publicado uma foto ao lado de Ramagem e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro dias antes.
Jojo
Na live, Jojo chamou de “loucura” o fato de algumas pessoas acharem normal uma pessoa dizer que é justificável roubar um celular para tomar uma cerveja. A cantora também criticou a insegurança no país: “Acho um absurdo termos que andar de carro blindado”.
Leia também: “O Rio de Janeiro em colapso”, artigo de Branca Nunes publicado na Edição 178 da Revista Oeste
