Parlamentares filmam espaços vazios na unidade administrada pelo Iabas, organização investigada no Rio por problemas na gestão de unidades de saúde

Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO CONTEÚDO
Cinco parlamentares denunciaram ontem suposta má gestão com dinheiro público no hospital de campanha do Anhembi, na capital paulista. A unidade é administrada pela Organização Social Iabas, suspeita de desviar recursos da saúde do Rio de Janeiro.
Num vídeo publicado nas redes sociais, os deputados Adriana Borgo (Pros), Marcio Nakashima (PDT), Coronel Telhada (PP), Letícia Aguiar (PSL) e Sargento Neri (Avante) relatam dificuldade para entrar no hospital. Seguranças tentaram impedi-los de acessar o local.
Hoje, nós deputados do Grupo PDO, enquanto estávamos entrando no Hospital de Campanha do Anhembi para fiscalizar os gastos do dinheiro da população, fomos impedidos. Só depois de mais de uma hora que havíamos chegado ao local que conseguimos. #PDO pic.twitter.com/zk7qEEzAEw
— Leticia Aguiar (@letsaguiar) June 5, 2020
Contudo, conseguiram entrar e registraram imagens de setores vazios do hospital.
Fiscalizando o Hospital de Campanha do Anhembi com os deputados do grupo PDO (Parlamentares em Defesa do Orçamento). NADA VAI NOS IMPEDIR DE FISCALIZAR E MOSTRAR A REALIDADE!
Íntegra: https://t.co/Rjcehg7NYc pic.twitter.com/gpZTlQl64Y— Coronel Telhada ⭐️⭐️⭐️ (@coroneltelhada) June 5, 2020
Telhada questiona a falta de equipamentos e a presença de camas sem colchões. Ao jornal O Estado de S. Paulo, indaga acerca de leitos ociosos: “Como eles estão falando que vão ter de transferir pacientes para o interior, se tem leitos aqui?”
No entanto, a prefeitura de São Paulo rebate as acusações dos deputados. E afirma que o ato foi invasão.
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Em nota, o prefeito Bruno Covas garante que o hospital do Anhembi foi preparado para atender 1.800 mil pessoas. E, atualmente, está com 407 pacientes na enfermaria, 10 em estabilização.
Além disso, desde que entrou em funcionamento, já atendeu 2.800 mil paulistanos.
Iabas
Há dois dias, o governador Wilson Witzel (PSC-RJ) afastou o Iabas da construção de hospitais de campanha no Rio de Janeiro por supostas irregularidades.
A informação consta no Diário Oficial do Estado.
Sendo assim, a secretaria estadual de Saúde assumirá a gestão dessas unidades. Até hoje não foram inauguradas para tratar pacientes com a covid-19.
Wilson Witzel havia prometido a entrega dos hospitais de campanha até 30 de abril. Contudo, apenas o do Maracanã foi aberto. Mesmo assim, abaixo da capacidade de atendimento.
O Covidão vai matar mais que o vírus chinês.