Deputados estaduais discutem uma possível mudança no hino de Santa Catarina. Uma audiência pública ocorreu na Assembleia Legislativa do Estado (Alesc) nesta terça-feira, 15, para tratar das alterações.
O autor do projeto é o deputado Ivan Naatz (PL). “Ele não retrata os valores cívicos e a história catarinense”, disse Naatz, referindo-se ao hino.
Entenda a possível mudança no hino de Santa Catarina
Para a composição do novo hino, os deputados da Alesc criaram uma comissão especial de trabalho. “Nosso objetivo é construir um edital, que vai gerenciar o concurso público promovido pela Alesc, para que qualquer produtor cultural possa apresentar uma nova letra para Santa Catarina”, afirma o deputado Naatz, ao explicar o trabalho da comissão.
Naatz quer que o novo hino aborde, obrigatoriamente, o potencial turístico, histórico, geográfico, econômico e cultural das diferentes regiões do Estado.
Ele disse que não é a primeira vez que tentam mudar o hino de Santa Catarina. Outras três tentativas ocorreram, e “não avançaram por falta de um planejamento estratégico”.
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“Algo que foi corrigido agora e vai permitir que esse debate chegue a um prazo de 24 meses ao plenário de acordo com o cronograma que estabelecermos”, disse Naatz.
A comissão será formada por deputados e representantes dos setores culturais, artísticos e musicais, incluindo os do setor privado. O hino atual de Santa Catarina tem 128 anos — foi feito em 1895. A mudança enfrenta resistência de diferentes setores da sociedade catarinense.
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Em nome da Academia Catarinense de Letras, Artêmio Zanon se posicionou contra a mudança. Ele sugeriu a realização de uma campanha estadual para divulgar o hino atual nas redes públicas de ensino.
Naatz afirma que a mudança do hino também se justificaria porque teria sido feito para celebrar a Proclamação da República — por isso seria pouco representativo. Contudo, usuários nas redes sociais alegam que o hino fala do fim da escravidão, não do Império. “Quebrou-se a algema do escravo”, diz o hino.
“Mudar o hino de Santa Catarina tem o único objetivo de apagar um símbolo cultural, que celebra o fim deste crime bárbaro contra o povo negro”, disse o presidente do Psol em Florianópolis, Leonel Camasão.
Será que essa turma não tem assuntos mais importantes para discutir? Aposto que se aprovada a mudança, aberto concurso, só vai dar FANK.