Diante do edifício do Capitólio, a sede do Congresso dos Estados Unidos (EUA), dezenas de deputados brasileiros fizeram um balanço sobre a viagem à capital norte-americana. No domingo 10, uma comitiva composta por 19 parlamentares da direita brasileira viajara para os EUA a fim de denunciar ao Congresso norte-americano “o que está ocorrendo no Brasil”.
A iniciativa da viagem partiu do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e do jornalista Paulo Figueiredo.
A crise na liberdade de imprensa e de expressão no Brasil, a prisão de jornalistas e os processos judiciais sobre as condenações do 8 de janeiro foram os principais pontos da agenda de denúncia internacional dos deputados brasileiros.
Eduardo Bolsonaro foi o porta-voz do grupo, apresentando os resultados dos encontros entre a comitiva brasileira e os políticos norte-americanos.
Deputados brasileiros nos EUA
Durante o balanço, o filho do ex-presidente brasileiro disse que “as dezenas de deputados que fazem parte deste ato demonstram a sua importância histórica”. O deputado criticou a República brasileira.
“Não queremos privilégios ou vingança, desejamos apenas resgatar a democracia brasileira à sua normalidade, não mais a atual republiqueta de banana”.
Eduardo Bolsonaro.
????????Coletiva de imprensa no Capitólio, o congresso mais visto do mundo. As dezenas de deputados que fazem parte deste ato demonstram a sua importância histórica
— Eduardo Bolsonaro???????? (@BolsonaroSP) March 12, 2024
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Em seu discurso proferido em inglês, à frente do Capitólio, o deputado brasileiro disse: “Queremos trazer aqui um pouco de luz para o que está acontecendo no Brasil. Sempre alertei em meus discursos no Congresso sobre o perigo de meu país se transformar numa Cuba ou numa Venezuela, com seus campos de concentração. Hoje, infelizmente, eu moro no meu próprio filme sobre ‘Gulag’; e para quem acha que estou exagerando, vou citar alguns nomes: Filipe Martins, o conselheiro internacional do presidente Bolsonaro, foi condenado por um tribunal de exceção no Brasil, porque o devido processo legal e a ampla defesa já não existem mais no país”.
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O deputado cita outros brasileiros presos, como veterinários, cantores evangélicos, intérpretes de libras, comediantes e até um mendigo. Eduardo citou também o autista preso a mando do STF. O comediante Bismark Fugaz e o Coronel Câmara também foram citados no grupo de presos acusados de “golpe de Estado”.
“É muito claro que toda essa opressão e crueldade é apenas um passo para o objetivo final: prender meu pai, o presidente que ousou colocar o interesse dos brasileiros em primeiro lugar. Meu pai agora é perseguido e caluniado das mais diversas maneiras. Como em toda tirania, o limite do ridículo não existe mais”.
Eduardo Bolsonaro.
Por fim, o parlamentar, cercado por outros deputados brasileiros, citou o caso “ridículo” de acusação contra Jair Bolsonaro por ter “perturbado uma baleia”. Em Washington, o político brasileiro arremata: “Infelizmente, o Brasil não é mais uma democracia”.
O povo é soberano, porém, até aqui é incapaz de uma reação à altura e que possa ser eficaz. Temos no Senado um único indivíduo que segura tudo contra o Brasil.
O Regulamento do Senado lhe dá essa triste, criminosa e covarde prerrogativa.
Para mim as coisas são óbvias: povo nas ruas sem produzir e com o Congresso, também, paralisado; até o covarde e medíocre Pacheco ser expurgado da Presidência e colocado lá, em seu lugar, alguém íntegro e representante, de fato, do povo de bem, útil e pacífico, brasileiro.