Um grupo de deputados de oposição enviou notícia-crime à Polícia Federal na qual pede a abertura de inquérito para apurar doações feitas em nome do novo juiz da Lava Jato, Eduardo Appio, para campanhas eleitorais. Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que Appio doou, nas eleições de 2022, R$ 13 a Lula e R$ 40 para Ana Júlia Ribeiro, deputada estadual do Paraná, também filiada ao PT.
À imprensa, Appio, recentemente nomeado titular da 13ª Vara Federal, em Curitiba, negou ter contribuído com as campanhas petistas. Por isso, os deputados querem saber “se laranjas fizeram as doações”. “Se for verdade que ele não fez as doações, estamos diante de possível esquema ilegal de financiamento de campanha, utilizando dados de terceiros sem consentimento”, escreveu o deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR), em uma postagem no Twitter.
Hoje, nosso grupo de oposição enviou notícia-crime para a Polícia Federal solicitando a abertura de inquérito sobre as doações feitas em nome do novo juiz da Lava Jato a Lula. É preciso apurar se laranjas fizeram as doações, já que o juiz negou ter feito os repasses. Segue o 🧶
— Deltan Dallagnol (@deltanmd) February 28, 2023
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Segundo ele, também assinam a notícia-crime os deputados Alfredo Gaspar (União-AL), Luiz Bragança (PL-SP), Luiz Lima (PL-RJ), Maurício Marcon (PODE-RS), Pedro Aihara (Patriota-MG) e Joaquim Passarinho (PL-PA).
“Os fatos são graves. Se os indícios forem comprovados, é preciso apurar urgentemente a existência de possíveis crimes eleitorais, de falsidade ideológica e também de lavagem de dinheiro, já que os valores também podem ter sido “lavados” para financiar campanhas do PT”, escreveu Dallagnol, ex-procurador da República, que foi coordenador da Lava Jato no Ministério Público Federal.
Deltan, depois de saber da doação em nome de Appio, tinha questionado a imparcialidade do juiz para conduzir a Lava Jato.
Como que um juiz que consta como doador da campanha do Lula consegue convencer alguém de sua imparcialidade na Lava Jato? https://t.co/18AHgDxLat
— Deltan Dallagnol (@deltanmd) February 18, 2023
Depois disso, Apppio negou ter feito a doação a Lula e afirmou que não é filiado a partido político e não tem tendência política. Recentemente, a imprensa divulgou que o magistrado adotou uma espécie de “apelido” no sistema processual da Justiça, o e-proc, em alusão à campanha de Lula. A identificação, no entanto, foi alterada depois que o magistrado assumiu o comando da operação.
O juiz disse que não iria comentar o motivo pelo qual adotou “LUL22” como assinatura. Segundo ele, trata-se de uma questão de “segurança cibernética”, e o código não tem nenhum vínculo ideológico ou partidário com Lula.
🤡
Alguém acha que o tse vai investigar? Se até a fala do cachaceiro dizendo que foi golpe em cima da anta e eles se fizeram de cegos, surdos e mudos. Está difícil com essa injustiça brasileira, ela só tem um lado
ué, e é pra aceitar tudo caladinho então ? perdeu, mané ? tem mais é que denunciar, sim! o deltan tá mais que certo
Que se apure tudo. Doa a quem “doar”… O valor é insignificante mas o gesto tem um simbolismo enorme.
Esse é o caminho, não dar trégua a esquedalha, é sempre judicializar tudo, como fizeram nos 4 anos do Bolsonaro. Parabéns Dallagnol, Os dois em que votei, Ricardo Salles e Astronauta, estão mais enrustidos do que tatu em toca.
DELTTAN DALLAGNOL, esse me representa.Ele é o causador da insônia dos petralhas.
Diga-me a quem apoias e te direi quem és. Além de tudo parece que também mente mal. Segurança cibernetica é o raio que o parta. O nome certo no lugar certo. Faz o “L”.