Com o argumento de que o governo foi omisso para conter os atos de 8 de janeiro, um grupo de 42 deputados apresentou na Câmara Federal um pedido de impeachment do presidente Lula. Eles afirmam que o petista cometeu crime de responsabilidade porque órgãos internos do governo alertaram sobre o risco de invasão de prédios públicos, mas nada fizeram.
Na semana que antecedeu o ataque, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) alertou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e o Ministério da Justiça de que haveria manifestações violentas em Brasília naquele fim de semana (entre 7 e 8 de janeiro), mas os dois órgãos não adotaram medidas para impedir os atos de vandalismo no Planalto, no Congresso e no Supremo Tribunal Federal (STF).
Pelo contrário, dizem os deputados. O então chefe do GSI, general Gonçalves Dias estava em franca interação com os manifestantes e membros do Gabinete até mesmo ofereceram água aos invasores do Planalto.
As imagens em que Dias aparece na cena do crime somente foram reveladas em 19 de abril, depois que a CNN conseguiu as gravações feitas pelo sistema interno de câmeras do Planalto. Essas imagens estavam sob sigilo, decretado pelo próprio GSI.
Depois do vazamento das imagens, Gonçalves Dias, considerado o “sombra” de Lula, já que esteve na segurança pessoal do presidente nos dois primeiros mandatos e na campanha de 2022, exonerou-se do cargo.
“Mesmo ciente dos alertas da Abin, não foi realizado qualquer reforço no esquema de segurança do Palácio do Planalto por parte do governo federal, deixando-o vulnerável à invasão. A falha na prevenção de tais atos, mesmo com antecedentes alertas, é inaceitável em um Estado de Direito e configura grave omissão do presidente da República em garantir a segurança e a ordem pública no país”, escreveram os deputados, no pedido de impeachment.
Os parlamentares afirmam que Lula violou a Lei 1.079/1950, que trata dos crimes de responsabilidade e do processo de julgamento para a perda do cargo. O artigo 8º estabelece como crimes de responsabilidade, e portanto suscetíveis de impeachment, os crimes contra a segurança interna do país. Entre as condutas que configuram esses crimes estão “praticar ou concorrer para que se perpetre qualquer dos crimes contra a segurança interna, definidos na legislação penal” e “não dar as providências de sua competência para impedir ou frustrar a execução desses crimes”.
Sigilo das imagens e prevaricação
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Para os parlamentares, a conduta do governo Lula, mesmo com o alerta da Abin, “configura uma grave falha no cumprimento do dever constitucional de garantir a segurança nacional e a ordem pública”. “No caso em análise, as evidências apontam que o presidente da República não só não adotou as providências de sua competência para impedir a invasão dos prédios dos três poderes em Brasília, como também teria agido de forma a proteger de sua responsabilização o ministro do GSI, que estava presente no local durante os ataques.”
Os deputados afirmam que Lula cometeu o crime de prevaricação por “não tomar medidas para responsabilizar seu subordinado”. “É importante destacar que tal conduta se estendeu até o momento em que a proteção ao ministro se tornou insustentável perante a opinião pública, revelando, assim, uma atitude inaceitável de descompromisso com o cumprimento do dever legal.”
Sobre o sigilo das imagens, o pedido de impeachment de Lula afirma que essa decisão “reforça a tese de que houve uma tentativa de ocultar a responsabilidade dos envolvidos nos fatos”.
Quatro pedidos de impeachment de Lula foram protocolados
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Já há pelo menos quatro pedidos de impeachment de Lula protocolados na Câmara. Os dois primeiros foram protocolados por Ubiratan Sanderson (PL-RS) e Evair Melo (PP-ES) com a justificativa de que Lula cometeu crime de responsabilidade ao afirmar, em viagem à Argentina e Uruguai, que o Congresso Nacional promoveu “um golpe de Estado” contra a ex-presidente Dilma Rousseff em 2016.
Um terceiro pedido foi feito por Bibo Nunes (PL-RS), por Lula ter, segundo ele, cometido improbidade administrativa ao fazer ataques contra o senador Sergio Moro (União-PR), ex-juiz da Lava Jato. Essa foi a justificativa de um quarto pedido de cassação contra o petista, assinado por mais de 30 deputados.
Neste último pedido de impeachment, protocolado na quarta-feira 3, a maioria dos parlamentares que assina a representação do PL. Entretanto, na lista, há deputados do PP, PSD, Republicanos, Podemos e Patriota. Veja a lista:
Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP)
Junio Amaral (PL-MG)
Coronel Meira (PL-PE)
Delegado Caveira (PL-PA)
Sargento Fahur (PSD – PR)
Daniela Reinehr (PL-SC)
Coronel Chrisóstomo (PL-RO)
Tenente Coronel Zucco (REPUBLICANOS-RS)
Mario Frias (PL-SP)
Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP)
José Medeiros (PL-MT)
Amália Barros (PL-MT)
Evair Vieira De Melo (PP-EP)
Capitão Alden (PL-BA)
Eduardo Bolsonaro (PL-SP)
Delegado Fábio Costa (PP-AL)
Rodolfo Nogueira (PL-MS)
Delegado Éder Mauro (PL-PA)
Pastor Eurico (PL-PE)
Bibo Nunes (PL-RS)
Giovani Cherini (PL-RS)
Gilvan da Federal (PL-ES)
Mauricio Marcon (PODE-RS)
Nikolas Ferreira (PL-MG)
Carlos Jordy (PL-RJ)
Chris Tonietto (PL-RJ)
Caroline de Toni (PL-SC)
Marcos Pollon (PL-MS)
Silvia Waiãpi (PL-AP)
Cabo Gilberto (PL-PB)
Dr. Frederico (PATRIOTA-MG)
Clarissa Tércio (PP-PE)
Carla Zambelli (PL-SP)
Daniel Freitas (PL-SC)
Coronel Telhada (PP-SP)
Capitão Alberto Neto (PL/AM)
Dr. Jaziel (PL-CE)
Gustavo Gayer (PL-GO)
Bia Kicis (PL-DF)
General Girão (PL-RN)
Julia Zanatta (PL-SC)
Dr. Luiz Ovando (PP-MS)
Vai prá cima mesmo.
Falta o outro requisito para um impeachment que é o Povo nas ruas. Enquanto a população não se conscientizar de que Xandão e companhia não vão conseguir prender milhões, como fizeram com aquelas centenas de “bode expiatório” no começo de janeiro, e saírem às ruas se manifestando como quando tiramos a Anta, nada vai acontecer… temos que tirar o rabo do meio das pernas e voltar a levantar as bandeiras.
Votei no Cabo Gilberto… Cába bom demais! Esse me representa!!!!!
Podem ir protocolando quantos pedidos de impeachment quiserem, não vai servir para nada. O Lira vai sentar em cima dos pedidos como fazia o tal de Rodrigo Maia que hoje está fora da política, como na próxima legislatura estará o próprio Lira. Sentando em cima dos pedidos, talvez o Lira ganhe um pouco de estatura que lhe falta ao se acumularem os pedidos sob o sua nobre “derrière”. Esses políticos que presidem a Cãmara, são peças descartáveis que servem ao chefe. Prova disso é que o Lira foi conversar com o Lula sobre o PL da Censura. Quanto ao Lula, esse se ressocializou, é um caso raro de bandido que foi “curado” pela cadeia, está vacinado contra qualquer punição e ficará lá até quando o STF/STE acharem que ele tem alguma utilidade para o sistema exibir ao mundo a notável democracia que impera neste país, embora saibamos que o que impera é a democracia do imperador.
Erro, que o site não permite editar o comentário para corrigir: onde se lê STE, leia-se TSE.
Este desgoverno do molusco tem que sangrar. Continuem assim, deputados.
Parabéns aos deputados, é assim que deve ser durante todo mandato do ladrão.
DEPUTADOS :
INSISTAM, INSISTAM e INSISTAM mais ainda.
Em 4 meses, 4 pedidos de Impeachment, é Recorde !!!!!
Já devia ter sido destituído a muito tempo, não podemos ser governado por um condenado..
Água mole em pedra dura tanto bate até que fura. Continuem…
Esse governo está blindado por Lira, Pacheco e pelo STF. Podem fazer o que quiser que nada cai acontecer.
Maria Antonieta também pensava assim e perdeu a cabeça.
O Lula deveria sofrer um impeachment porque ele é um condenado na 2a instância (por unanimidade) que ainda não cumpriu a pena. O processo deve foi anulado por suspeição do juiz da 1a instância, mas convém lembrar que o mesmo processo foi totalmente refeito, e agravado, na 2a instância. Este processo da 2a instância não foi cancelado por o motivo (fajuto) do cancelamento foi o juiz da 1a instância. IMPEACHMENT E PRISÃO DO LULA JÁ!
E a oportunidade de corrigir o pior dos erros. Temos alguem sentado no Palacio do Planalto (quando nao esta fora fugindo de entrevistas) que alem de cachaceiro, e mentiroso e corrupto. Tem gente no governo que vai aplaudir para poder ver o alquimista segurar o cetro.