Para o deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP), a República brasileira não deu certo. O parlamentar deu a declaração a Oeste no último 15 de novembro, data que marca os 134 anos da Proclamação da República.
Naquele dia, ocorreram duas manifestações na região central de São Paulo, que fecharam um trecho da Avenida Paulista.
No evento, Orleans e Bragança discursou sobre os problemas que, segundo ele, surgiram nos primeiros meses da República. “Logo no início, na República da Espada, o que veio foram mortes de brasileiros”, disse. “Não houve democracia, não houve liberdade, havia censura e fechamento de Congresso.”
Orleans e Bragança afirmou que há uma falência na sexta tentativa de República e que o Estado é arbitrário. De acordo com o parlamentar, o governo estaria sob o comando de “um grupo criminoso”.
“Uma República que perdeu várias décadas até se reafirmar como país soberano e liderado por políticos”, disse. “Nunca houve políticos à altura do que foi Pedro II.”
O descendente da família imperial fez um comparativo da atual classe política republicana com a do período da proclamação. “Existiam dois grandes partidos, conservador e liberal, e existia o partido republicano, também”, observou. “Aconteciam debates muito frutíferos e não existia essa compra de apoio ou o parlamentar que fazia carreira política. Não existiam os privilégios que existem hoje.”
No vídeo, é possível captar a declaração de Orleans e Bragança sobre um possível impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva — uma pauta frequente nos discursos de outros oradores, cartazes e gritos da população presente nas manifestações.
A República do medo
Sobre a manifestação popular no 15 de novembro, Orleans e Bragança fez declarações positivas. Disse que, em comparação a 2022, a participação é menor.
O parlamentar ressaltou que “muitas pessoas estão com receio de sair na rua, se manifestar”. “Algumas lideranças orientam mal, expõem aqueles que participam”, disse.
Essa declaração se repetiu na boca dos organizadores da manifestação do dia 15. O advogado Otacílio Guimarães, que liderou um dos trios elétricos, afirmou que as pessoas têm medo de sair às ruas desde o episódio do 8 de janeiro.
Manifestação do 15 de novembro contou com a segurança da Polícia Militar
Emílio contou a Oeste o processo para iniciar a manifestação com trio elétrico na Paulista. “Mandamos a solicitação para o comando da Polícia Militar, dizendo que é uma manifestação de direita, ordeira”, disse. “Aí, automaticamente eles perguntam: ‘Vai ter caminhão? Vai.”
A partir disso, a PM interpela se o caminhão vai estar em movimento ou não, e, depois disso, fazem uma reunião no comando, exigindo documentos do veículo. Depois da vistoria do trio, a liberação é feita com horário e local pré-determinados. “É gratificante ver o trabalho e a seriedade”, afirmou Emílio.
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Esse Deputado tem uma frase muito interessante a respeito desses milicos carreiristas e ignorantes: “Entraram para a História traindo o Imperador ( golpe do 15 de novembro de 1889) e saíram da História traindo o povo (a perfídia de 9 de janeiro de 2023 em frente ao QG do Exército quando enganaram o povo arrastando os manifestantes para o campo de concentração da PF)”.
O que está entre parênteses não foi dito pelo Deputado. É somente a referência dos fatos.