A direita no Rio de Janeiro começa a buscar o isolamento do prefeito Eduardo Paes (PSD) por causa da proximidade dele com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O vereador Pedro Duarte, do Partido Novo, é um dos que fazem parte deste movimento.
+ Leia mais notícias de Política em Oeste
Ele declarou a Oeste que, independentemente da manifestação deste domingo, 16, a favor da anistia aos presos do 8 de janeiro, ele já definiu que não dará nenhum tipo de apoio ao atual prefeito caso ele mantenha a aliança com o presidente.
“Ainda é muito cedo para discutir as eleições de 2026”, disse Duarte, liberal, que, dentro do Novo, faz parte da ala não bolsonarista. “Mas uma coisa eu posso antecipar: em hipótese alguma eu estarei no mesmo palanque do Lula.”
Esta movimentação começa a colocar o Rio de Janeiro como um Estado que pode ser determinante para as próximas eleições presidenciais. Paes foi eleito no primeiro turno, com 60,4% dos votos válidos, dentro de uma ampla aliança que ia da esquerda à direita (Podemos/PRD/DC/Agir/Solidariedade/Avante /PSB/PDT/l/PSD).
Com a força da manifestação deste domingo, 16, a direita como um todo busca realçar a mensagem de que o atual governo, em meio a uma alta inflacionária, não tem demonstrado eficiência na condução da economia e na melhora da vida da população.
Duarte sempre foi um opositor de Paes. No entanto, descartou qualquer tipo de aproximação com o prefeito em função da ligação com o governo federal.
Ironias com as declarações de Lula
Na última semana, inclusive, publicou nas redes sociais uma charge sobre falas recentes do presidente. Com caricaturas de Lula, ele colocou algumas declarações separadas em quadrinhos.
“Tá cada dia mais difícil”, comentou o vereador no post.
Essa postura de Duarte tende a ser um problema para Paes, por ameaçar atrair outras alas da direita, como o Podemos, que fez parte da coligação, o que o enfraqueceria para as próximas disputas.
Leia mais: “O discurso de Bolsonaro na manifestação pela anistia”
Paes pode concorrer ao governo estadual ou até nas eleições presidenciais, com a possibilidade de entrar na chapa como vice de Lula, conforme sugestão do vice-presidente do PT, Washington Quaquá.