O professor Flávio Luiz Gabardo, afastado do cargo de diretor da Escola Estadual de Educação Básica Érico Veríssimo, em Jacutinga (RS), recebeu autorização para retomar suas atividades. O afastamento ocorreu em outubro do ano passado, depois de o docente ter lido um artigo do jornalista J.R. Guzzo num programa de rádio local. A Coordenadoria Regional de Educação de Erechim, através da Secretaria de Estado da Educação do Rio Grande do Sul, autorizou o retorno nesta sexta-feira, 5.
Gabardo relatou a Oeste que deve retomar as atividades depois de tratar os problemas psicológicos que desenvolveu durante o período em que esteve fora da escola. “Não estou retornando hoje, em razão de problemas de saúde”, revelou o diretor. “No período em que estive suportando todas essas questões, vivenciei momentos difíceis. O contexto era desgastante. Atualmente, faço tratamento psicológico. Estou com depressão. Preciso organizar a minha cabeça antes de voltar ao trabalho.”
O motivo da punição: ler J.R. Guzzo
O diretor reproduziu parte do texto intitulado “À sombra da corrupção sem limites” durante participação num programa de rádio. O conteúdo está disponível na Revista Oeste.
Depois de tomar conhecimento do comentário de Gabardo, o Partido dos Trabalhadores (PT) o denunciou à Secretaria de Educação do Rio Grande do Sul. A legenda afirma que o docente se utilizou de “argumentos racistas” em suas declarações. O processo avançou, e a 15ª Coordenadoria Regional de Educação sacramentou a decisão de afastar o diretor de suas atividades. De lá para cá, o professor estava proibido de frequentar a instituição de ensino.
Mas não parou aí. Gabardo teve suas senhas nas redes sociais bloqueadas, e a 15ª Coordenadoria Regional de Educação excluiu o docente dos grupos com os quais mantinha contato com os alunos. O professor alega que não recebeu explicações da Secretaria de Educação do Rio Grande do Sul.
Inconformados, moradores de Jacutinga elaboraram um abaixo-assinado favorável ao docente. Mais de 1,4 mil pessoas, quase a metade da população local, manifestaram apoio a Gabardo. No mês passado, moradores da região protestaram em frente à escola e pediram o retorno do diretor ao cargo.
Nesta sexta-feira, Gabardo disse que encaminhou sua peça de defesa para a Coordenadoria Regional de Educação de Erechim. “O que temos de informações da Assembleia Legislativa é que o processo irá para arquivamento, porque se constatou que não existiu crime racial”, afirmou o diretor. “Houve apenas perseguição política contra mim.”
O drama de Gabardo
Em 21 de março, o professor concedeu uma entrevista ao programa Oeste Sem Filtro. “Tiraram-me da função que mais gosto de fazer, do meu dia a dia”, lamentou, na ocasião. “Trabalhava de manhã, à tarde e à noite.”
Gabardo ainda explicou como ocorreu seu afastamento, comentou a repercussão do caso na imprensa e relatou os problemas de saúde que desenvolveu depois de sofrer perseguição do PT.
Leia o trecho do artigo que despertou a ira do Partido dos Trabalhadores e que culminou no afastamento de Gabardo
“Lula tem a seu favor a escrita das eleições anteriores — desde que o Brasil voltou a ter eleições diretas para presidente, nunca o candidato que teve maioria no primeiro turno deixou de levar também no segundo. Pode contar ainda com o resultado de Minas Gerais; quem ganha em Minas, diz o retrospecto, ganha no Brasil. Não é garantido: escrita só vale até ser quebrada, como invencibilidade de time de futebol. Além disso, também Bolsonaro pode esperar pelo passado, já que nunca um presidente no exercício do cargo deixou de ser reeleito. Mas o fato é que a maioria, tal como foi registrada pelo sistema de apuração do ‘tribunal’ eleitoral, tomou a sua decisão. É perda de tempo julgar a qualidade desta decisão; o resultado é o resultado. O Brasil do progresso, entre Mato Grosso e Rio Grande do Sul, incluindo São Paulo e Rio de Janeiro, preferiu Bolsonaro. O Brasil da senzala, entre a Bahia e o Maranhão, ficou com Lula. Minas se dividiu e o Norte não tem votos suficientes para fazer diferença. Mas o fato é que a maioria está do lado do atraso. Ela achou que é uma boa ideia colocar de novo na Presidência da República um cidadão que foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro pela justiça do seu país. Fazer o quê?”
O artigo completo está disponível neste link.
Maldito pt. Verdadeiros disseminadores de destruição. Todos tem discurso de ódio. Desde a narizinho até o último vereador. Essa orcrim só existe para prejudicar tudo e todos.
Todos sabem que o Guzzo estava certo, menos o PT que se utilizou de outro tema (Racismo) para culpar o Professor.
Cadê a coragem de processar quem escreveu o artigo (Guzzo).
Bando de covardes aloprados.
Pobre pais, onde um estado como São Paulo, a locomotiva do Brasil, onde um representante representa 750 mil paulistanos e, um represente nordestino representa 350 mil nordestnos. Alguém acha que o Guzzo está errado.