Diretora do Serviço Secreto dos EUA renuncia depois de atentado contra Trump

A diretora do Serviço Secreto dos Estados Unidos, Kimberly Cheatle, renunciou ao cargo em meio a investigações sobre falhas de segurança depois de uma tentativa de assassinato contra o ex-presidente Donald Trump. As informações são do jornal CNN.

A renúncia da diretora do Serviço Secreto ocorreu nesta terça-feira, 23, enquanto legisladores e órgãos de fiscalização avançam com investigações sobre a proteção de Donald Trump durante seu comício na Pensilvânia.

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O Congresso norte-americano fez apelos bipartidários pela renúncia da diretora do Serviço Secreto com a pressão de legisladores republicanos por seu impeachment. A indignação aumentou depois de Cheatle testemunhar perante o Comitê de Supervisão e Responsabilidade da Câmara, onde se recusou a responder muitas perguntas sobre a falha de segurança do ex-presidente.

Depois do atentado, Kimberly Cheatle deu uma entrevista à ABC News em que negou que renunciaria ao cargo. Nomeada pelo presidente Joe Biden em 2022, ela havia prometido cooperação total com as investigações internas e do Congresso sobre o incidente.

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Já em entrevista à CNN, Cheatle declarou que a agência era “a única responsável” pela segurança no comício, onde o atirador, que morreu, disparou contra Trump de um telhado desprotegido.

Um dos disparos atingiu de raspão a orelha do ex-presidente Trump. O atentado ainda resultou na morte de um participante do comício e em outros feridos.

Serviço Secreto admite falha na segurança de Trump

À medida que mais detalhes surgem sobre o ataque, o Serviço Secreto enfrenta questionamentos sobre a gestão da segurança, incluindo a falha em controlar o acesso ao telhado e a resposta a informações locais que identificaram o atirador de Trump como suspeito antes do incidente.

Divergências surgiram entre o Serviço Secreto e as autoridades da Pensilvânia sobre a responsabilidade pelos lapsos de segurança. Durante seu depoimento na Câmara, Cheatle admitiu problemas “significativos” e “colossais” na segurança do evento.

Ainda segundo Kimberly, mesmo depois dos avisos de pessoas e de a polícia ter notado movimentações suspeitas, a natureza da ameaça não estava tão clara. “Se soubéssemos que havia um homem armado no local, Donald Trump não teria sido autorizado a subir ao palco”, afirmou. 

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Apesar das informações fornecidas, Kimberly Cheatle voltou a rejeitar as exigências de sua renúncia. “Acho que sou a melhor pessoa para liderar o Serviço Secreto neste momento”, afirmou à Câmara.

Cheatle deixou um cargo de gerente de Segurança Global na PepsiCo para dirigir o Serviço Secreto, onde havia servido por 27 anos antes de trabalhar no setor privado.

Desdobramentos do atentado a Donald Trump

Depois dos desdobramentos do atentado, o Partido Republicano confirmou Donald Trump como nome para concorrer às eleições presidenciais de 2024 dos Estados Unidos. Seu vice na chapa é J.D. Vance, senador republicano. 

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Já seu principal concorrente até o dia do atentado, o presidente Joe Biden, retirou seu nome da disputa. Ele confirmou apenas que cumprirá o atual mandato na Casa Branca. A favorita para substituí-lo no Partido Democrata é Kamala Harris, a atual vice-presidente.