J.R. Guzzo
Publicado no jornal O Estado de S.Paulo, em 13 de dezembro de 2020
A aplicação da vacina contra a covid-19 tornou-se um escândalo no Brasil. É inevitável. Há dez meses a tragédia do vírus tem sido objeto de uma deslavada, ininterrupta e maciça campanha de exploração política por parte de governantes obcecados pelas vantagens materiais que podem tirar da desgraça comum. Não são apenas os homens públicos. É também o sistema de interesses que vive em torno deles — e todo o bloco de militantes e de bem intencionados que, como de costume, se aproveita ou se deixa conduzir pelos ruídos que combinam melhor com os seus desejos e com aquilo que imaginam ser as suas ideias.
A vacinação contra a covid, obviamente, deveria ser um tema de concórdia, de harmonia e de cooperação entre todos os que têm alguma responsabilidade em relação às questões mais elementares da saúde pública. No Brasil, até este momento, tem ocorrido exatamente o oposto — o que deveria ser um alívio virou uma guerra. A rixa se resume, para encurtar essa conversa, à “vacina federal” e a “vacina do Doria”. Uma e outra são boas, ou ruins, dependendo de que lado o sujeito está: quem está a favor do presidente Jair Bolsonaro é a favor da primeira vacina e contra a segunda: quem está contra o presidente acha precisamente o contrário.
A “vacina federal”, até agora, pode ser qualquer uma, menos “a do Doria”. A vacina do governador de São Paulo também pode qualquer uma, desde que seja a chinesa — a “coronavac”, fruto de um acordo entre ele, via Instituto Butantan, e o laboratório Sinovac, da China. A partir daí, está valendo tudo. Que os departamentos de marketing pessoal do presidente e do governador tenham uma briga de foice em torno da covid não é novidade para ninguém. Mas também é fato que qualquer medicamento, pela lei, só pode ser aplicado no Brasil se for aprovado pela Anvisa — e o governo federal exige que a “coronavac”, ou qualquer outra vacina, receba essa licença para ser utilizada. Não há, realmente, divergências sérias sobre a necessidade legal e científica da autorização da Anvisa. O problema é que ela não licenciou até agora nenhuma das três vacinas que solicitaram a homologação — a americana da Pfizer, a britânica da AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, e a chinesa da Sinovac.
Não é uma atitude isolada. A mais bem reputada das agências de controle de remédios em todo o mundo, a FDA americana, só autorizou até agora a utilização de um imunizante: na sexta-feira, o órgão permitiu o uso emergencial da vacina desenvolvida pela Pfizer — ou seja, temporário, gratuito e sujeito a ser cancelado a qualquer momento.
O único país que começou a vacinação em massa, a Inglaterra, está utilizando a vacina da Pfizer, que foi licenciada pela agência de controle britânica. O certo é que a vacina chinesa, fora a própria China e o governador Doria, não interessou a mais ninguém no planeta. Não recebeu a homologação de nenhum país com um mínimo de tradição em saúde pública. Seu desenvolvimento não foi acompanhado por qualquer organismo científico independente. É, certo, enfim, que a Sinovac já confessou em juízo a prática de crimes de corrupção e que suas ações foram excluídas em 2019 da Bolsa de Nova York.
O governador, apoiado pela oposição, a esquerda e os inimigos de Bolsonaro, já começou a envasar a vacina chinesa, e quer que ela seja aplicada sem a aprovação da Anvisa. Bastaria, para tal, que fosse liberada pelas agências de controle dos Estados Unidos, da Europa, do Japão, que até agora não homologaram vacina nenhuma — e, é claro, da China, a única que aceita a “vacina do Doria”. Como se vê, é guerra, e guerra grosseira.
Leia também: Precisamos esperar por uma vacina? O tratamento precoce salva vidas
Realmente há uma forçada de barra para demonstrar isenção. Esqueceu-se que os oportunistas de sempre, aproveitaram o vírus chinês para torpedear o Governo Federal por todos os lados. Primeiramente amedrontando a população para parar a economia, o que não surtiu o efeito que queriam pois houve providências do PG, que está permitindo a tal saída em V da crise. Agora, com a população amedrontada, apresentam uma salvação que seria uma vacina, que todos desejam urgentemente, mas não deve atropelar os trâmites, estes sim, científicos, muito bem explicados pelo Presidente da Anvisa.
Dentro de todo o contexto acho que o cidadão de bem, em nome da sensatez, deve aguardar, cuidando de sua imunidade, termos uma vacina confiável em termos de efetividade, segurança e viabilidade logística.
Marco Polo , uma das razões para assinar a Oeste ( e acho que pela maioria foi a mesma) foi saber que quem partecipava eram o Guzzo,o Nunes e o Fiuza. Ate´brinquei pouco tempo atras comentando que aos tres Mosqueteiros tinha-se finalmente juntado o Gascon Constantino, silurado pela J.P.
Ñ sei o que acontece ao Nosso quando escreve para o Estadão. Continuo , por enquanto , a recusar a ideia que queira agradar a Gregos e Troyanos mas me e´dificil encontrar outra explicação.
É, Giuseppe, também passei por processo semelhante.
Era assinante do Globo e do Estadão, mas após 6 meses da posse de Bolsonaro se tronaram intragáveis para quem tem um pouco de instrução e discernimento.
Guzzo não escrevia no Globo, e foi um dos motivos de eu ter demorado em abandonar aquela mídia hoje absolutamente contraria ao Brasil.
Mas você levantou uma lebre, quanto a um possível comportamento em cima do muro.
Vou acompanhar mais de perto essa faceta que, se verdadeira, me desapontará!
Bato palmas para Marco Polo, Geraldo, Marcos Viotto e Brasiliano.
O fato é que o Doria virou um dos peões do time chinês (quer ganhar dinheiro e ser presidente com uma tacada só). Ele é capaz de vender a mulher, a alma da mãe…o povo de São Paulo e tudo o que tiver ao seu alcance pra conseguir seu intento. Esse senhor é um exemplo do que de pior a humanidade pode produzir!
Nem a escória o suporta mais!
Guzzo, não entendi porque relatar que, “o problema é que até agora a Anvisa ainda não licenciou nenhuma das três vacinas que solicitaram homologação”. Ouvi o diretor da Anvisa responsável pelo licenciamento das vacinas afirmar que ate agora nenhum fabricante solicitou nenhuma aprovação emergencial de suas vacinas.
Tampouco estabelecer que tanto o governo federal(vacina do Bolsonaro) quanto o estadual(vacina do Doria) fazem uma guerra grosseira, esquecendo que meu ex ídolo Dória, desde antes da pandemia já mostrava seu mau caráter criticando Bolsonaro até no seu primeiro pronunciamento na ONU.
Não se pode esquecer que Dória iniciou essa guerra logo no inicio da pandemia, sempre atribuindo ao presidente a irresponsabilidade de não escutar a CIÊNCIA e salvar VIDAS, sempre apoiando os adversários do governo como o tal do Mandetta. Continuou desafiando o presidente atribuindo-lhe responsabilidade pela perda de vidas ao não comprar a vacina que estava comercializando, propositalmente omitindo que o governo federal já desenvolvia estudos com a vacina de OXFORD e o Instituto Fiocruz em semelhante fase de testes.
Portanto Guzzo, teu texto em geral mostra realmente uma lamentável guerra grosseira com a saúde pública que já permitiu inclusive a políticos opositores bandidos, obter suas criminosas vantagens financeiras. Lamento que tenha nos deixado a interpretação que nessa guerra ambos são invasores, quando um deles apenas se defendeu.
É como eu ex tucano penso a respeito do invasor malfeitor Dória, e do invadido Bolsonaro nessa denominada guerra grosseira.
Prezado Antonio, sintetizas bem.
O direito à defesa, principalmente a de terceiros por um governo instituído legitimamente, e que vem se mantendo com higidez e responsabilidades, apesar de todo bombardeio sofrido para tentar derrubá-lo, não poderá ser acusado como se de um dos lados de briga fosse, briga essa na qual, do outro lado, se encontram facções criminosas para pilhar e a população, e para além de tudo, a colocar em risco.
Imagino que nessa Guzzo se perdeu um pouco!
Marco, gosto muito do jornalismo do Guzzo, até por se apresentar imparcial, que considero deveria ser o necessário comportamento de todo profissional que se entende jornalista. É respeitoso com comentários dos assinantes, respondendo-os se necessário, o que não vi nos demais bons jornalistas desta revista. Já observei em alguns artigos, que Guzzo reconhece o quanto Bolsonaro e seu governo são indevidamente criticados.
Afinal, foi Guzzo, que em atenção a e-mail que lhe enviei meses atrás comentando seu artigo no decadente Estadão, que me orientou visitar a revista oeste. Assinei, gostei de seus excelentes jornalistas e da maioria dos assinantes que respeitosamente se manifestam.
O Guzzo mais uma vez se perdeu, talvez intencionalmente, e está querendo ser mais realista do que a realidade. Não existe um lado e nem uma guerra. Existe sim um governador sem caráter e oportunista querendo impor, sabe se lá por qual motivo embora eu imagine, uma vacina que tecnicamente ainda não existe. Menos Guzzo, menos!
Concordo! Até porque o Presidente sempre alertou para o fato da Anvisa ter que homologar a vacina. O que nunca aconteceu com o ditadorzinho de São Paulo.
Muito bom e esclarecedor o comentário do Marco Polo acima, com o qual concordo inteiramente !!!!
Observo na foto, a menos que esteja enganado, talvez por conta da perspectiva de onde a foto foi tirada, mas dá uma impressão que esse mauricinho metido a ditador, está postado um pouco adiante do presidente da república, como que se estivesse em primeiro plano, ou no mínimo alinhado no mesmo plano, que considero também uma certa audácia desse cafajeste. O resto do assunto da reportagem já ilustra o que disse no caso da foto, politicagem rasteira, só isso.
Nunca é demais lembrar que essa “rinha” foi inaugurada pelo Supremo, quando determinou que os estados e municípios devem ter autonomia nas questões da pandemia, descentralizando as ações de combate ao vírus chinês. Essa “guerra” a que Guzzo se refere não começou agora!
Olá. Acho q quem está confuso é vc, pois o Guzzo foi perfeito nesse texto. Trata-de uma guerra sim e o Brasil (e o mundo inteiro) está em guerra contra a esquerda. A única pessoa q impede sermos liquidados por essa caterva é Bolsonaro. É claro q há torcida pela melhor vacina e isso não inclui a vacina xing ling, por todos os motivos de uma China ditatorial. Bolsonaro está pronto para um plano de imunizações, mas ele jamais assumirá a conta da Anvisa, pois sabe muitíssimo bem, e nós tb, q se houver alguma morte, dirão q a culpa é dele. Detalhe: não houve NENHUM teste em grávidas e crianças. Esse público vai tomar a vacina? O texto não é confuso, ele é de uma clareza solar e, nesta altura, acreditar q poderemos sobreviver sem estar de um lado quando nossos inimigos já escolheram o deles (o de nos destruir) é no mínimo ingenuidade demais. O ÚNICO verdadeiro democrata e cientificamente ponderado desde o primeiro dia desta fraudemia é Bolsonaro. É lógico q estou do lado dele, pois sei q dele não tomarei um tiro pelas costas. O mundo não tem opção com o comunismo/socialismo/globalismo. Este inimigo não pode ser vencido, mas somente destruído.
Em todo lugar, só miséria, sem qualquer exceção. 103 anos de provas inequívocas e imbatíveis do q o comunismo/socialismo é.
Quanto a forçação de barra para uma vacina que ainda não cumpriu o mínimo requerido para se colocar pelo menos no nível do Emergencial, e que além de tudo será vendida pelo triplo do preço de outras que também estarão prestes a chegar, indica, para as pessoas de bom senso e um mínimo de capacidade cognitiva, que algo estranho está por trás disso!
Nada mais natural do que essas pessoas quando conscientes e responsáveis pela saúde pública, saúde que abraça, também, a economia, se mobilizem contra essa nefasta tentativa de impor, goela abaixo do brasileiro e compulsoriamente, algo que sequer está pronto, minimamente testado e minimamente considerado seguro.
Pois Guzzo, por vezes se perde em seu texto: não existem rixas, brigas, lados, entre o sensato e o insensato; a opção pelo insensato poderá ser desastrosa – a batalha das vacinas é fruto da reação por bandidos tentarem se locupletar com algo não seguro e mais caro ao povo brasileiro, e nessa reação é expressa toda uma preocupação proporcionalmente à tentativa irresponsável e leviana, e que por simples observação, é a mesma e uníssona tentativa “coincidentemente” com toda casta podre designada como de esquerda no Brasil: Globo, Estadão, Folha, Dória, Dino, Maia, Lewandowski, Toffoli, Frexo, ….; isso não é coincidência!
Guzzo se perde ao nos confundir como torcedores que transmitem suas emoções por um de dois times apenas.
Não é assim, prezado Guzzo, a maioria das pessoas de bem, que têm alguma competência técnica para discernimento e integridade intelectual, é que já não suporta mais essas retóricas de leigos para ganhar seus sustentos (imprensa, artistas, Direito, políticos de esquerda, …).
Pois é… novamente colocam o presidente no mesmo nível quando, a meu ver, não está. As vezes a necessidade der se mostrar isento atrapalha o raciocínio.
Fato, prezado Guzzo. E faço um pedido, que, penso, seja consenso entre os seus admiradores/leitores da Revista Oeste: não permita nunca que a “necessidade de se mostrar isento” – como bem percebe o Sorrow no comentário acima – “atrapalhe o raciocínio” e, consequência inevitável, distorça ou, para ficar no mínimo, comprometa a compreensão da realidade dos fatos.
Quando o Guzzo escreve para o Estadão parece outro jornalista!
Não tinha reparado isso ainda, prezado Giuseppe.
Onde estão os miseráveis e ridículos defensores da “ciença” q agora estão calados esperando q nosso sangue receba uma vacina do xi jjinping, o facínora maldito q persegue, deporta, prende, censura, fuzila e opera opositores chineses e q permitiu q essa porcaria de espalhasse no mundo? Agora não precisa de estudo e aprovação, mas apenas obrigar a tomar? A esquerda, mecanismo de ação do comunismo, não passa de uma matilha, uma caterva satanicq não permite paz à sociedade e se contenta em se apoderar de tudo, inclusive nossas mentes, mesmo ao custo da miséria, da morte e do desespero. O mundo não tem opção: ele precisa destruir o comunismo.
Se o Dólia quer tanto vacinar os paulistas, porque não compra a vacina da Pfizer, que está sendo usada na Inglaterra e já vai ser usada nos EUA e já foi aprovada pelos órgãos reguladores dos dois países?