O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, criticou a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em seu discurso, durante a manifestação em favor à anistia aos presos do 8 de janeiro, em Copacabana, no Rio de Janeiro, neste domingo, 16, ele comentou sobre o aumento dos preços dos alimentos.

“Ninguém aguenta mais inflação, porque tem um governo irresponsável que gasta mais do que deve”, afirmou o gestor paulista. “Ninguém aguenta mais o arroz caro, o feijão caro, a gasolina cara, o ovo caro. Prometeram picanha e não tem nem ovo. E se tá tudo caro, volta, Bolsonaro!”
A declaração de Tarcísio refere-se à inflação, que afeta o custo de vida dos brasileiros, especialmente nos produtos alimentícios. Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), ligado à Universidade de São Paulo (USP), o preço do ovo branco subiu até 67,1% em 2025, comparado a 2024. O item é um dos alimentos mais consumidos no Brasil.
Aumento dos preços de alimentos

Além dos ovos, a carne é outro alimento que gera preocupação. Em 2024, os preços subiram 20,84%, contribuindo com 0,52 ponto porcentual na taxa de inflação anual medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que foi de 4,83%.
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Apesar da alta generalizada, a picanha, objeto de promessa do governo Lula, teve uma alta menor em comparação com outros cortes. Conforme o IBGE, o preço do corte subiu 8,74% em 2024, enquanto o patinho e o acém registraram aumentos de 24,13% e 25,24%, respectivamente.
Tarcísio pede anistia aos presos do 8 de janeiro

Durante o discurso, Tarcísio também abordou questões políticas. Ele defendeu o projeto de lei para anistiar os presos dos atos de 8 de janeiro e afirmou que o Congresso o aprovará. Ele desafiou possíveis opositores do texto.
“Quero ver quem vai ter coragem de se opor”, afirmou. O governador de São Paulo ainda declarou que os detidos são “inocentes, que receberam penas desarrazoadas” e argumentou que a anistia é justa para aqueles que “nada fizeram”.
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O evento em Copacabana faz parte de uma série de manifestações para pressionar o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF) a anularem as penas dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.
Esta foi a primeira manifestação desde que a Procuradoria-Geral da República denunciou o ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado, atentado violento ao Estado Democrático de Direito, entre outros crimes.
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