A Polícia Federal (PF) iniciou nesta quinta-feira, 11, a Operação Pseudeia. Trata-se da primeira fase da Lava Jato desde que a força-tarefa de Curitiba passou a integrar o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Agora, 15 agentes cumprem cinco mandados de busca e apreensão no Estado de São Paulo, sendo três na capital e dois em Pindamonhangaba. A Justiça determinou o bloqueio de R$ 5.261.100 de um dos suspeitos.
Conforme o Ministério Público Federal (MPF), a investigação é fruto do desdobramento das apurações iniciadas pela Operação Acarajé (23ª fase ostensiva da Lava Jato), na qual se comprovou, entre diversos fatos criminosos, que um representante de estaleiro estrangeiro, além de ter efetuado pagamentos ilícitos no exterior para agentes públicos e marqueteiros políticos, fez transferências a outros indivíduos até então não identificados.
Um desses suspeitos teria firmado um contrato de consultoria ideologicamente falso com o representante de um estaleiro estrangeiro, utilizando-se, para tanto, de uma empresa offshore constituída em paraíso fiscal e de conta no exterior em seu nome. Com isso, foram efetuados, em 2013, pagamentos na ordem de US$ 1 milhão para um indivíduo até então não qualificado. Os depósitos ocorreram a pedido de João Vaccari Neto, então tesoureiro do PT, garante o MPF.
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