O embaixador de Israel, Daniel Zonshine, exigiu um posicionamento do governo brasileiro contra a fala do ex-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) José Genoino. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o diplomata disse que a declaração do petista, com teor antissemita, foi “preocupante e fora da curva”.
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Zonshine afirmou que espera uma reação das autoridades brasileiras, já que Genoino faz parte do partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “José Genoíno exagerou” ressaltou o embaixador de Israel. “É importante que alguém do governo se posicione contra essas frases.”
No último sábado, 20, em uma transmissão ao vivo para o site Diário do Centro do Mundo, Genoino disse achar interessante “a ideia de boicote” a “determinadas empresas de judeus” e a “empresas vinculadas ao Estado de Israel”.
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Contra isso, Zonshine argumentou que aceita as críticas contra Israel. No entanto, “pregar boicote contra judeu é demais”. Em referência ao período nazista de perseguição aos judeus, o diplomata afirmou que “o resultado não era positivo”.
Embaixador de Israel quer maior diálogo com o governo brasileiro
Além disso, Zonshine solicitou ao Itamaraty uma audiência com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Ele quer, assim, ampliar o diálogo com o governo e também tratar sobre as medidas para a libertação de reféns do Hamas.
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Zonshine ainda classificou como “improcedente” a decisão de Lula de apoiar Israel de “genocídio”, apresentada na Corte Internacional de Justiça (CIJ). A iniciativa foi da África do Sul.
Genoino nega ser antissemita, mas não se retratou por defender boicote a judeus
José Genoino se defendeu das acusações e negou ser antissemita. Ao jornal Folha de S.Paulo, ele repudiou a nota da Confederação Israelita do Brasil (Conib), entidade que foi contra a fala do petista sobre Israel.
José Genoíno, ex-presidiário e ex-presidente do PT, defende boicote a empresas de judeus. Em outro tempo, isso se chamaria nazismo.pic.twitter.com/Q1IaDoXYhp
— Silvio Navarro (@silvionavarro) January 21, 2024
“Apresento meu repúdio à nota da Conib e afirmo que não sou e nunca fui antissemita”, alegou Genoino. “Repudio, também, qualquer tipo de preconceito contra o povo judeu e defendo a existência de dois Estados.”
Apesar disso, o petista não se retratou pela declaração de sábado, quando disse que achava “interessante” o “boicote por motivos políticos”.
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Não compro nada de empresas antissemitas. Já foi o tempo em que os judeus foram assassinados em nome de purificação de raça, durante a 2a. Guerra mundial. O que mudou ? Estes caras continuam com o mesmo discurso de boicotar empresas de judeus. Lamentável!!!
Que embaixador gentil, não?
Típico dele
Típico dele