O deputado federal André Janones (Avante-MG) foi acusado por outro ex-assessor de participar de um esquema de rachadinha. A denúncia foi feita na última quarta-feira, 29, por Fabrício Ferreira de Oliveira.
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O ex-funcionário divulgou áudios gravados em maio de 2020. A gravação mostra que ele e um colega, identificado como Alisson Camargo, dizem que teriam de entregar uma quantia de R$ 4 mil para Janones.
“É aquele mesmo esquema, dar R$ 4 mil para Leandra [ex-assessora do congressista], e ela pega o dinheiro e passa para o André [Janones]”, afirma Oliveira, na gravação.
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A pessoa citada no áudio é Leandra Guedes, ex-secretária parlamentar de Janones de abril de 2019 a agosto de 2020. Hoje ela é prefeita da cidade de Ituiutaba (MG).
Ao site Poder360, Oliveira disse que, quando os assessores não passavam o dinheiro a Janones, sofriam represálias e eram ameaçados de exoneração.
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De acordo com o ex-assessor, outra assessora, identificada como Letícia Fernandes Garcia, também era responsável por receber o dinheiro. Ela ocupou o cargo de secretária parlamentar de Janones. Em 2021, foi nomeada secretária municipal de Obras e Serviços Urbanos de Ituiutaba por Leandra.
Janones chamava seus assessores de “vermes”, “desgraçados” e “burros”
Os ex-funcionários de Janones também disseram que estavam insatisfeitos com a conduta do congressista.
Em 2022, Oliveira disse à imprensa que ele e os colegas eram vítimas de assédio moral. À época, ele divulgou prints de conversas de WhatsApp. Nas mensagens, Janones chamava seus funcionários de “vermes”, “desgraçados” e “burros”.
Oliveira denunciou os esquemas de “rachadinha” e assédio em janeiro de 2022 ao Ministério Público de Minas Gerais. O processo foi encaminhado para a Procuradoria-Geral da República (PGR).
O ex-assessor disse que pretende “unir forças” com Cefas Luiz, ex-secretário parlamentar de Janones, para uma nova denúncia.
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Quando chamado de verme, desgraçado e burro e quando o chefe disser pula, você pula seu inseto deplorável.
É exatamente desta forma que os petralhas enxergam o povo apático do Brasil. Um povo que não reage as intimidações.
Um passo básico na aprendizagem do amor próprio é encarar como sinal de canibalismo toda exigência de ajuda ou rachadinha. O gatuno petralha que usa de artimanhas e elabora esquemas e farsas, fazendo uso de narrativa umbigua, gritos e intimidação para exigir rachadinha e te trata como um animal de sacrifício, esta afirmando que a vida de outros é propriedade dele.— E por mais repugnante que isso seja, há algo ainda mais repugnante e asqueroso que é: Concordar e aceitar.
Esses diálogos vindo de um deputado federal, só mostra a baixeza dessa pessoa insolente. Palavras de baixo calão deve ser a rotina diária deste “nobre” deputado com seus funcionários. Triste saber que como ele tem muitos outros que também fazem a mesma coisa, trata outras pessoas como lixo descartável.