Dupla cumprirá prisão domiciliar
Na quarta-feira 30, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin homologou o acordo de repactuação da colaboração premiada dos irmãos Joesley e Wesley Batista. Os empresários são donos do Grupo J&F. A decisão do juiz do STF estabelece o pagamento de multa de mais de R$ 1 bilhão. Além disso, a dupla terá que cumprir prisão domiciliar. Em 2017, os Batista delataram o então presidente da República, Michel Temer (MDB) — duas denúncias foram abertas contra o emedebista na Câmara dos Deputados, mas arquivadas posteriormente.
À época da divulgação do acordo, os donos da J&F lucraram R$ 238 milhões no mercado ao comprarem dólares. No entanto, naquele ano, a Procuradoria-Geral da República (PGR) rescindiu o acordo devido à omissão de informações e à atuação, até então desconhecida da Justiça, do então procurador Marcelo Miller (ex-funcionário do PGR Rodrigo Janot). A decisão de Fachin põe fim ao processo em tramitação no STF. Desde a abertura, a ação passou pelas mãos do atual PGR, Augusto Aras, e de seus dois antecessores, Raquel Dodge e Rodrigo Janot.
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Não entendi, afinal essa delação não foi anulada por solicitação do próprio PGR Rodrigo Janot?. Não da para entender tanta generosidade com alguns criminosos financeiros e punição severa à outros. Alias, Fachin foi quem homologou essa fajuta e forjada delação premiadíssima contestada por toda a nação e pelo próprio STF. Lembro que em sessão no STF, Barroso também defendeu ardorosamente essa delação porque tinha como alvo Michel Temer à época presidente e notável membro do PMDB partido que se afastou da presidenta Dilma, e o iluminado Barrroso assim se referiu quando viu foto de membros do PMDB comemorando: “Meu Deus do céu, essa é nossa alternativa de poder”. Lembro que prorrogou por 4 vezes investigações da PF no inquérito dos portos que tinha como principal alvo o presidente Temer. Esse é o nosso atual presidente do TSE que não gosta e condenou o voto impresso.