Em maio, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ofereceu carona em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) ao diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, e ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin.
A informação é da coluna Painel, da Folha de S.Paulo, e faz questionamentos sobre a independência do Banco Central e a imparcialidade no processo de desoneração da folha de pagamento.
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Galípolo já foi o segundo sob o comando de Haddad e é o principal candidato do presidente Lula (PT) para substituir Roberto Campos Neto na presidência do BC. Zanin, por sua vez, é o relator de uma ação no STF que analisa a constitucionalidade da desoneração da folha de pagamento para 17 setores econômicos e prefeituras com até 156 mil habitantes.
Detalhes dos voos que Fernando Haddad ofereceu a Galípolo e Zanin
O voo que transportou Galípolo partiu de Brasília, em 28 de maio, dois dias antes do feriado de Corpus Christi, com destino a São Paulo. Entre os sete passageiros estavam Haddad, o secretário do Tesouro Rogério Ceron e assessores.
De acordo com a Folha, semanas antes, em 8 de maio, Galípolo participou de uma reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que decidiu por um corte de 0,25 ponto porcentual na taxa de juros, apesar da votação dividida.
Investidores têm demonstrado preocupação com a possível falta de independência de Galípolo, caso ele assuma o comando do BC. Isso devido à pressão constante de Lula e seus aliados para a redução da taxa de juros.
Relembre o caso de Zanin
Cristiano Zanin foi um dos 11 passageiros em um voo que Haddad solicitou e que partiu de São Paulo para Brasília, em 20 de maio. Três dias antes, Zanin havia suspendido por 60 dias uma decisão que derrubava a desoneração da folha de pagamentos.
Além de Zanin, a ministra do Planejamento Simone Tebet, o secretário extraordinário da Reforma Tributária Bernard Appy e outros integrantes dos ministérios da Fazenda, Desenvolvimento e Saúde estavam a bordo.
Reuniões de Galípolo e Zanin
Galípolo teve duas reuniões formais com Haddad em 2024, ambas acompanhadas por outros participantes. Em 7 de fevereiro, ele participou de um encontro sobre a valorização da carreira de especialista no BC. Em 12 de abril, ele esteve em uma reunião sobre discussões macroeconômicas com Haddad e outros economistas.
Cristiano Zanin, no entanto, não tem registros de reuniões com Haddad neste ano.
Explicações do Ministério da Fazenda
Em nota ao jornal, o Ministério da Fazenda afirmou: “Conforme contido no Art. 7º, do Decreto nº 10.267, de 5 de março de 2020, que dispõe sobre o transporte aéreo de autoridades em aeronaves do Comando da Aeronáutica, informamos que as vagas remanescentes podem ser ocupadas por qualquer cidadão.”
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O ministério ainda acrescentou que “as solicitações para vagas ociosas são preenchidas de acordo com a disponibilidade, no caso de o ministério não preencher todas as vagas. Neste caso, sendo dois funcionários públicos, o preenchimento da aeronave ainda repercute em economia aos cofres públicos.”
O STF e o Banco Central não se manifestaram sobre o assunto.
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São integrantes da mesma quadrilha.
Todos promíscuos. Igual a uma orgina sem camisinha.
Tudo bem no país da harmonia dos 4 poderes.
É pra isso que serve nossa Força Aérea, turismo estatal.
Quando a Folha apoiou e ainda apoia esse desgoverno, ela esperava o quê?
Putaria 10 x profissionalismo 0, esse é o governo do PT que tem como mestre Lula condenado em 3 instâncias por vários juízes mas descondenado pela mais alta corte suprema da injustiça, como levar a sério este país nas mãos de bandidos.
Me entristece ver essa promiscuidade, falta de valores éticos com essas pessoas. Apesar de o Zanin ter defendido criminoso, o que é o seu trabalho, e o que não o torna um, vi alguns sinais de seriedade dele como ministro do supremo, mas esses acontecimentos, essa mistura me decepciona.