O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho do ex-presidente Jair Bolsonaro, espera ter o aval do pai para concorrer a prefeitura do Rio de Janeiro. Segundo o parlamentar, o “muro”, que impedia Bolsonaro de apoiá-lo na escolha, já está “mais baixo”.
Caso seja confirmada sua candidatura, Flávio Bolsonaro deve enfrentar o atual prefeito da cidade, Eduardo Paes (PSD), que pretende disputar o posto pela quarta vez. Entre as pautas defendidas pelo senador em favor da cidade carioca, está o combate às narcomilícias — a união entre o tráfico e a milícia.
O tema, inclusive, foi alvo de um embate entre Flávio Bolsonaro e o ministro da Justiça, Flávio Dino, na terça-feira 9. Na ocasião, o senador interpelou o ministro de Lula com vídeos e reportagens sobre a situação de perigo que vivem os moradores do Estado.
Em sua resposta, Dino debochou do parlamentar, dizendo que ele “conhece de perto” o casamento entre o tráfico e a milícia. A Oeste, Flávio Bolsonaro rebateu as acusações do ministro, comentou sobre a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, sobre a inelegibilidade do pai e muito mais. Confira os principais trechos:
Nesta semana, o senhor, senador Flávio Bolsonaro, questionou o ministro Flávio Dino sobre a atuação do governo Lula contra as narcomilícias no Rio. Dino respondeu que o senhor “conhece de perto” o casamento entre o narcotráfico e as milícias. Como o senhor recebeu essa provocação?
É um total desconhecimento dele. Uma pessoa que vai ao Complexo da Maré praticamente sem escolta não conhece nada sobre o Rio de Janeiro. Esse é um problema que está tirando o sossego de 17 milhões de cariocas. Na ocasião, estava citando a ADPF 635 do PSB, partido do Flávio Dino. A APF está querendo dizer o que pode, ou não, na segurança pública do Rio — o que causa a proliferação de milícias e de traficantes. Segundo especialistas em segurança pública, vai acontecer uma fusão entre os traficantes e as milícias, que vai dificultar ainda mais o trabalho da polícia em levar segurança pública para a população. Mas o Dino parece não estar preocupado com o trabalho sério. Ele prefere ficar fazendo palanque. Lamento que o Ministério da Justiça tenha um ministro que não liga para o sofrimento de 17 milhões de pessoas que moram no Rio de Janeiro. Certamente há muita gente no governo, incluindo a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, que entende muito mais de milícia do que qualquer outra pessoa no Rio de Janeiro.
Como o senhor avalia o desempenho de Dino no Ministério da Justiça?
Flávio Dino é um papagaio que fala mais do que faz. Ele cria fantasias na cabeça dele e toma decisões conforme isso. Entrei com uma representação na Procuradoria-Geral da República contra o ministro, pedindo explicações sobre a interferência dele na Polícia Federal. Já que ele comenta sobre vários inquéritos sigilosos nas redes sociais.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), não está permitindo que as big techs se posicionem contra o PL das 2630. Em sua decisão mais recente, ele ameaçou suspender o Telegram do Brasil. Como o Parlamento deve se posicionar nessa situação?
O governo não tem votos no Congresso para aprovar matérias que eles acham importantes e querem usar os instrumentos da Democracia para estuprar a Democracia. Cabe a oposição se mobilizar para que projetos antidemocráticos, como esse do PL 2630, não passem. Precisamos ainda avaliar qual parte do PL o governo ensaia pautar. A liberdade de expressão, de opinião e de imprensa são inegociáveis para nós. Sempre vamos defender essas pautas. Estamos em um trabalho de resistência e de mobilização. Essa ameaça de censura a um aplicativo de mensagem é uma amostra de quem hoje, de fato, manda no país. O aplicativo apenas se manifestou contra o projeto de lei. Uma empresa privada. Já que não temos para quem recorrer no STF, o único caminho é termos uma estratégia. Ninguém se nega a regular a propaganda nas redes sociais. Estamos discutindo a liberdade de expressão. Pensamos em criar outro texto, pois esse está manchado.
Sabemos que o senhor será suplente na CPMI do 8 de janeiro. Quais serão suas principais proposições quando a comissão começar?
A CPMI está separada em duas partes: de pessoas que cometeram esses atos criminosos de depredação e sobre a negligência, omissão ou ação do governo. As pessoas que depredaram, segundo elas, não foram atendidas em ter um segundo pleito com uma eleição mais transparente. Já o governo deve ser investigado para entender até que ponto eles permitiram que tudo isso acontecesse para responsabilizar o ex-presidente Jair Bolsonaro. Era previsível que algo nessa magnitude pudesse acontecer. E Bolsonaro sempre se manifestou contra as manifestações violentas — que pertencem a militantes de esquerda. Queremos entender o motivo de eles não terem um planejamento a altura de algo que já era esperado. O que aconteceu em 8 de janeiro foi ruim para Bolsonaro. Então, não podem acusá-lo de fazer uma coisa que seria prejudicial a ele próprio.
Inicialmente, o Bloco Vanguarda teria três cadeiras na CPMI. Mas, devido a uma manobra do Randolfe, o bloco perdeu uma vaga. Como o senhor enxerga o fato de o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ter referendado a ação?
Lamento. Pacheco optou por uma regra que beneficia o atual governo. Ele usou uma regra que é do Senado para as definições de comissões permanentes. Mas a CPMI não é permanente, é temporária. Ficamos indignados, mas vamos recorrer a quem? Fomos ao Supremo, mas o resultado não deve ser favorável. É a regra do jogo atual. As CPIs são instrumentos da minoria, e não do governo.
O governo provavelmente vai ter maioria CPMI. Isso pode atrapalhar a investigação e/ou a oposição? No caso, se eles quiserem convocar o ex-presidente Jair Bolsonaro ou o ex-ministro Anderson Torres…
A CPMI é um cenário político, portanto é um ambiente que vai dar voz ao Bolsonaro e ao Anderson Torres. Se chamarem Bolsonaro, vão ter de convocar o Lula. Será um tiro no pé deles próprios. Bolsonaro não se esquivou de nada desde que deixou o governo. Se for convocado, ele deve vir. O ex-presidente nunca tentou dar um golpe de Estado. A opinião pública vai estar muito atenta ao que acontecer na CPMI. Quem estiver sentado como membro vai passar por um vestibular nas urnas daqui há alguns anos. Sem dúvida, a postura desse parlamentar vai pesar para o bem ou mal.
O senhor foi proibido de visitar o Torres na prisão, pois, segundo o ministro Moraes, sua “conduta” é alvo de investigação em inquéritos que tramitam no STF. O senhor se considera mentor intelectual dos atos do 8 de janeiro?
Infelizmente, o ministro Moraes confunde opinião com crime. Não sei o motivo de ele ter falado que sou investigado. Se eu for realmente citado, vou solicitar que o próprio ministro seja minha testemunha, pois já estive pessoalmente com ele algumas vezes para tentar distensionar a relação entre o Executivo e o STF. Moraes sabe que eu sempre trabalhei para amenizar esses conflitos. Lamento que tenha se esquecido. Estimular ato de vandalismo vai contra a minha história.
O senhor pretende ser candidato à prefeitura do Rio em 2024?
Coloquei meu nome à disposição, pretendo. No entanto, candidaturas ao poder Executivo são uma construção entre os partidos. Tenho um grupo político no Rio como pessoas do PL, PP, Republicanos, União Brasil e alguns outros. Ainda vamos decidir se serei o nome desse grupo contra o atual prefeito, Eduardo Paes (PSD), que é base aliada do Lula. Mas a percepção atual é que o meu nome seria a melhor opção. Se eu for o candidato, esses partidos que citei estarão ao meu lado. O Paes vai tentar o quarto mandato, mas a população não pode dar mais uma oportunidade para um prefeito que parece estar cansado, rancoroso e que trata mal as mulheres. O eleitor do Rio merece outra opção. A palavra final sobre a minha candidatura vai ser do meu pai, Bolsonaro. Se ele abraçar a minha candidatura no Rio, vamos ter a possibilidade de fazer uma gestão parecida com a qual o ex-presidente fez no Brasil. Atualmente, o “muro”, que impedia o Bolsonaro de me apoiar na prefeitura do Rio, já está mais baixo. Se antes, ele tinha resistência a ideia, agora vê a importância. Se não, não tenho a menor possibilidade de ser candidato a vice-prefeito. Sei da importância que tenho no Senado.
Há muitas especulações acerca da inelegibilidade do ex-presidente. O senhor acredita que isso é possível?
Se ele ficar inelegível, terá um peso eleitoral da mesma forma, pois vai ser o maior cabo eleitoral que o Brasil já viu na história. Atualmente, em nosso país, não existe a individualização de pena. Vemos isso com os presos do 8 de janeiro. Parece as histórias lamentáveis que aconteciam no Nazismo, com Hitler. Então, no Brasil pode acontecer de tudo. Vejo que não é preciso ter prova contra ninguém para que a pessoa possa ser presa. Se ele ficar inelegível, vai ser uma grande mancha na história democrática no Brasil. Não há um caso de corrupção contra o Bolsonaro. A história há de mostrar o peso do Bolsonaro.
Faltou a repórter perguntar sobre o Queiroz, suposto miliciano que trabalhava com ele…. Estava na hora, já que quer se candidatar a prefeitura do Rio. Hoje, saiu a notícia que a prefeitura do Rio, investirá 349 Milhões na “CULTURA”… Uma cidade que está com grandes problemas na área da saúde, pessoas que levam mais de seis meses para conseguir uma consulta nos postos de saúde. São muitos problemas, nesta e outras áreas e qual o motivo de se investir um valor desse em “cultura”?
O tal de flávio dino é procedente de qual Estado mesmo? Está na hora de mostrar a situação desse Estado quando ele foi governador, acho que senador, para os brasileiros saberem realmente o que um comunista realiza.
Caro Nobre, tenho certeza que acredita na seriedade do governo anterior, portanto faca uma consulta no periodo de 2019 a 2022 no site do IBGE, onde vera que o Maranhao foi um dos estados que mais teve melhoras no IDH, antes disso a direita sempre mandou la, tratanto os trabalhadores como aquele pessoal maravilhoso de Bento Goncalves RS.
A
O
Pre
Flávio foi quem mais prejudicou o seu pai.
Deveria voltar a mansão e ficar escondido como sempre esteve.
Nunca esteve escondido ( teria ido para Miami ), passou em
1 lugar como juiz, deputado federal, senador, 02 vezes governador no primeiro turno. Sua percepcao de escondido esta m
Uito as claras.
Continuo, ansiosamente, aguardando uma prova concreta contra Jair Messias Bolsonaro porque, até agora, não se tem nada. Repito: foi o único presidente da República honesto que conheci. Quanto a Flávio Bolsonaro, eu acho uma boa alternativa para a Prefeitura do Rio de Janeiro – RJ. Quanto ao domínio do tráfico de drogas, esse assunto não se restringe à cidade do Rio de Janeiro – RS e sim ao Brasil. Políticas públicas antidrogas é um bom caminho, mas quem consome drogas é o maior culpado e deveria ser preso como acontece na Suécia. Só existe traficante de drogas porque existe consumidor, uma clientela fiel. Uma maioria esmagadora de corruptos brasileiros está ligada direta e indiretamente ao tráfico. Inclusive nas 03 (três) esferas federativas.
Realmente o Flavio e uma boa opcao. Homenageou 06 milicianos no exercicio de suas atividades parlamentares e foi vizinho de varios, inclusive alguns sendo seus funcionarios fantasmas. Voce acha que o Rio merece?