Ganhador do prêmio Nobel de Economia em 2008, o economista Paul Krugman criticou a ideia dos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Argentina, Alberto Fernández, de criar uma moeda comum entre os dois países, anunciada em um comunicado conjunto, em 21 de janeiro, um dia antes de Lula embarcar para o país vizinho.
Em uma postagem no Twitter no domingo 29, Krugman escreveu que se trata de uma “ideia terrível”. “Não sei quem teve essa ideia, mas certamente não foi alguém que soubesse alguma coisa sobre economia monetária internacional.”
Ele escreveu, ainda, que uma moeda compartilhada pode fazer sentido entre economias que são os principais parceiros comerciais um do outro e são semelhantes o suficiente para que não enfrentem grandes ‘choques assimétricos’ — o que claramente não é o caso dos vizinhos sul-americanos.
O economista destacou que o Brasil destina apenas 4,2% de suas exportações para a Argentina, e esta, por sua vez, destina ao Brasil apenas 15%. “E a estrutura de exportação dos dois países é muito diferente”, analisou Krugman. De acordo com dados de 2021, 31% das exportações brasileiras são para a China; 13% para União Europeia; 11% para os Estados Unidos; 4,2% para Argentina; 2,5% para o Chile; e 37% vão para outros países.
O economista também ressaltou que, enquanto a Argentina exporta principalmente produtos agrícolas, mais da metade dos embarques do Brasil são combustíveis e produtos manufaturados. “Portanto, choques na economia mundial provavelmente causarão grandes mudanças na taxa de câmbio real de equilíbrio”, explicou.
I don't know who came up with this idea, but it surely wasn't anyone who knows anything about international monetary economics 5/
— Paul Krugman (@paulkrugman) January 29, 2023
A criação da moeda comum não foi detalhada pelos governos da Argentina ou do Brasil. Os ministros da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, e da Argentina, Sergio Massa, disseram apenas que não se trata de moeda única, mas de uma moeda comum, que seria utilizada por empresas e não substituiria o peso nem o real. A ideia seria diminuir a dependência do dólar norte-americano e fortalecer o comércio regional, disseram.
Desde que Fernández e Lula anunciaram a intenção de criação da moeda comum, que se chamaria sur (sul, em espanhol), dezenas de políticos, empresários e economistas criticaram a ideia. Uma das críticas é que a economia argentina, com inflação perto dos 100% (enquanto o Brasil fechou 2022 com inflação anual de 5,79%) e acumulando dívidas, vai mal e acarretaria sérios problemas ao Brasil.
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Essa ideia de moeda comum deve ter partido de uma mula ambulante da esquerda atrasada!
Mas atacaram Bolsonaro de todas as maneiras e defenderam, a eleição do ex presidiário, agora façam o L.
A moeda única é brasileira e se chama BNDES. Seremos roubados de novo.
fato!
Exatamente, prezado Jamil!
Lula pensa no futuro, quando o Brasil ficar pior que a Argentina.
Sur-real
Boa, Mizanei!
“Paul Krugman disse que proposta de Brasil e Argentina não tem como dar certo ”
Mas é exatamente porque não vai dar certo que será implementada.
O objetivo é sucatear as economias para depois vender para tudo para os chineses a preço de banana.
Resta saber se o povo frouxo vai engolir mais uma palhaçada sem reclamar -o que é bem provável, conhecendo o povo brasileiro – para só protestar quando for outra vez tarde demais.
Ô Idi amin dadá. Você tão atuante ainda está preso?
É inadmissível um argentino como você meter o pau no povo Brasileiro, este povo que foi traído por suas forças armadas.
‘Nois faiz uma moeda única e nóis vai junto pro buraco’. Alguns economistas de verdade brasileiros já haviam alertado sobre isso.