O deputado federal Capitão Alden (PL-BA) criticou nesta sexta-feira, 8, o presidente Lula da Silva por questionar o Congresso sobre sua disposição em contribuir com o equilíbrio das contas públicas.
Em entrevista à imprensa, Lula sugeriu a deputados e senadores que reduzissem o valor das emendas a que seus gabinetes têm direito. O presidente também atacou o mercado, que estaria praticando uma “gana especulativa” prejudicial à “população mais necessitada”.
Lula gastou R$ 3,3 bilhões em viagens, diz deputado
Em resposta aos comentários do presidente, o deputado federal afirmou que Lula deveria ser o primeiro a dar exemplo. Vice-líder do PL na Câmara, Capitão Alden justificou a crítica citando principalmente os gastos das comitivas presidenciais em eventos internacionais.
Conforme o parlamentar baiano, a atual gestão de Lula promoveu, apenas em 2023, despesas de aproximadamente R$ 3,3 bilhões com reservas para hospedagens em hotéis de luxo e compra de passagens aéreas.
Só a primeira-dama Janja da Silva, gastou, em setembro deste ano, mais de R$ 280 mil em uma viagem ao Catar. Há suspeitas de que a mulher de Lula usou parte do tempo para abastecer suas redes sociais com conteúdos gerados por funcionários do governo.
Segundo cálculos do gabinete do deputado, o valor gasto pela atual gestão é o maior registrado desde 2014 (corrigido pela inflação) e representa, assim, um aumento de 29,2% na comparação com 2022.
Economia tem cenário de “terra arrasada”
Para o deputado, Lula viaja como se fosse um turista. “Cadê o exemplo dele? Os parlamentares devem cortar na carne para ele ficar passeando igual a um turista pelo mundo em viagens que não trazem nada de efetivo para o Brasil”.
Capitão Alden criticou principalmente a situação econômica, a qual descreve como cenário de “terra arrasada”. O quadro, diz o liberal, é consequência de decisões erradas “de um governo federal que não admite os erros”.
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Na avaliação do deputado, Lula apenas segue o que manda a cartilha do PT. “O governo terceiriza as suas responsabilidades. Agora, o fiasco na economia e a necessidade de cortes de gastos são culpa da imprensa e do mercado”.