Durante seu depoimento à CPMI do 8 de Janeiro, o general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), disse que houve transição de poder na pasta para o novo ministro general Gonçalves Dias, que saiu do GSI em abril deste ano.
A declaração do general Heleno contraria uma afirmação de G. Dias que, à CPI da Câmara Legislativa do Distrito Federal, disse que não houve nenhuma transição no GSI, no que diz respeito a situação das manifestações em frente aos quartéis-generais. “Assumi praticamente a equipe antiga”, explicou G. Dias.
“Diferentemente do que G. Dias disse, houve, sim, transição [de poder no GSI]“, declarou o general Heleno à comissão, nesta terça-feira, 26. “Foram feitas três palestras a G. dias, uma delas acompanhadas por Aloísio Mercadante. O G. dias teve absoluta liberdade de fazer todas as trocas que julgasse necessária. Nenhuma informação foi negada a atual gestão do GSI e nada ficou sob o tapete. O ministro foi um dos últimos a ser indicado.”
As falas de G. Dias tiveram como objetivo justificar a permanência do então secretário-executivo do GSI, general Carlos José Russo Assumpção Penteado, na cúpula do GSI. Penteado era da gestão de Heleno, sendo o “número 1” depois do ministro-chefe.
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Penteado foi exonerado depois dos atos de vandalismo que aconteceram em 8 de janeiro. Conforme G. Dias, o secretário-executivo não acionou o Plano Escudo naquele domingo. “Assumi praticamente a equipe antiga”, declarou G. Dias
“Tenho plena consciência de que ele [G. Dias] recebeu todos os dados”, continuou o general Heleno. O ex-ministro da gestão Bolsonaro ainda destacou que, no GSI, não ficou nenhum “DNA bolsonarista”. “Nunca tratei de política com meus servidores”, explicou Heleno.
Dá-lhe Gal. Heleno.
Mentira tem perna curta e o G. Dias já mostrou o que é.