Agentes da Polícia Federal cumprem cinco mandados de busca e apreensão contra o governador afastado do Distrito Federal (DF), Ibaneis Rocha. A operação ocorre na casa de Ibaneis, no Lago Sul, no gabinete do governador, no Palácio do Buriti, e no escritório de advocacia que leva o nome dele — do qual está afastado desde que assumiu cargo público. O ex-secretário-executivo da Segurança Pública Fernando de Souza Oliveira também é alvo das buscas.
Os pedidos foram feitos pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A apuração na PGR está a cargo do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, criado pelo procurador-geral da República, Augusto Aras. A coordenação é do subprocurador Carlos Frederico Santos.
O governador afastado e o ex-secretário-executivo são investigados no inquérito do Ministério Público Federal que apura a conduta de autoridades por suposta omissão durante a invasão das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro.
Ibaneis Rocha foi afastado do cargo de governador por 90 dias, em decorrência da depredação na capital federal. O plenário do STF manteve o afastamento de Ibaneis por nove votos a dois. Alexandre de Moraes avaliou, na decisão, que “a omissão e a conivência de diversas autoridades da área de segurança e inteligência ficaram demonstradas com a ausência do necessário policiamento, em especial do Comando de Choque da Polícia Militar do DF”.
A defesa de Ibaneis Rocha informou que “a busca e apreensão é uma medida de natureza cautelar, que visa à produção de provas. Tudo que a polícia entender útil para o desvendamento da investigação, o governador colaborará 100%.”