Entidades judaicas no Brasil repudiaram a nota do governo de Luiz Inácio Lula da Silva sobre o ataque do Irã contra Israel. No sábado 13, o Itamaraty divulgou um comunicado em que afirma que o Brasil acompanha “com grave preocupação” o lançamento de drones e mísseis contra Tel-Aviv. Contudo, não condenou Teerã.
Para o presidente da Confederação Israelita do Brasil (Conib), Cláudio Lottenberg, a posição do governo Lula é “lamentável” e “frustrante”. Além disso, afirmou que a política externa brasileira se colocou ao lado da “teocracia iraniana”.
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“O mundo democrático e vários países do Oriente Médio se uniram a Israel em condenar e combater o ataque do Irã”, afirmou Lottenberg, em uma publicação no Twitter/X. “Já a atual política externa do Brasil optou por se colocar ao lado da teocracia iraniana, desviando novamente de nossa linha diplomática histórica de condenar agressões desse tipo.”
A diretora-executiva do Instituto Brasil-Israel (IBI), Manoela Miklos, também criticou o posicionamento do governo Lula. De acordo com Manoela, a nota do Itamaraty “deu margem para dúvidas sobre o que se passou, e não há”.
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“Ao ler a nota do governo brasileiro, fica evidente a oportunidade perdida de condenar um ataque internacional flagrantemente ilegal que pode gerar instabilidade regional de escala imprevisível”, observou Manoela. “Mais poderia ser dito sobre a angústia que famílias israelenses sentiram nessa madrugada.”
ONG pró-Israel critica diplomacia brasileira, sobre ataques orquestrados pelo Irã
A organização não governamental (ONG) StandWithUs criticou diversos trechos da nota do governo brasileiro.
De acordo com a StandWithUs, o comunicado do governo Lula não repudiou a agressão do regime iraniano contra Israel. Na avaliação de André Lajst, presidente-executivo da StandWithUs Brasil, o Itamaraty limitou-se a falar em “preocupação” por “relatos de envio de drones e mísseis”.
A ONG também afirmou ser “profundamente decepcionante” o fato de o texto do Itamaraty citar que a situação de Gaza “se alastra” ao Líbano, à Síria e ao Iêmen. “Como se isso fosse espontâneo, e não porque o Irã tem usado seus proxies nesses países para atacar Israel numa guerra por procuração”, completou Lajst.
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Em vídeo no Instagram, Lajst ressaltou que há um “grave problema” na nota do Itamaraty. “O Brasil possui uma ótima escola de diplomacia”, observou. “A Escola Rio Branco de Diplomatas é uma das melhores do mundo. No entanto, a política externa atual, comandada pelo Partido dos Trabalhadores, encabeçada por Celso Amorim, é desastrosa e lamentável.”
Lajst espera que a participação do Brasil nos Brics não extrapole as relações comerciais. Para o presidente-executivo da StandWithUs, isso “macularia” os relacionamentos externos do Brasil, o que aproximaria o país de um “regime teocrático totalitário, que oprime as mulheres e a população LGBT, encarcera dissidentes e jornalistas, além de financiar o terrorismo e a violência no mundo”.
Assessor de Lula, Celso Amorim defende o Irã: “Queria fazer um gesto”
O assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, defendeu o Irã depois do ataque contra Israel. O diplomata disse, no domingo 14, que o país “queria fazer um gesto” por causa do ataque que sofreu em seu consulado na Síria.
O diplomata brasileiro concedeu entrevista ao site UOL. Na conversa, afirmou que tudo depende de como o governo do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, vai responder ao ataque.
“O Irã queria fazer um gesto”, disse o diplomata brasileiro. Amorim lembrou da importância que a Guerra Revolucionária Iraniana tem para a estrutura de poder em Teerã.
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Ao defender o Irã, ele afirmou que, na região, é “sempre difícil” avaliar quem iniciou a crise. Conforme Amorim, o ataque iraniano era uma resposta ao bombardeio contra o consulado de Teerã em Damasco, capital da Síria. O atentado aconteceu no início de abril.
Um alto militar da guarda morreu durante o ataque contra o escritório. Na ocasião, o Irã acusou Israel de ser o autor do ataque ao consulado iraniano. No sábado, o Irã disparou drones explosivos e mísseis contra uma base militar de Israel. Cerca de 99% dos projéteis foram abatidos pelas Forças de Defesa de Israel.
Confira a nota do Itamaraty na íntegra
O governo brasileiro acompanha, com grave preocupação, relatos de envio de drones e mísseis do Irã em direção a Israel, deixando em alerta países vizinhos como Jordânia e Síria.
Desde o início do conflito em curso na Faixa de Gaza, o Governo brasileiro vem alertando sobre o potencial destrutivo do alastramento das hostilidades à Cisjordânia e para outros países, como Líbano, Síria, Iêmen e, agora, o Irã.
O Brasil apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada.
Em vista dos últimos acontecimentos no Oriente Médio, o Ministério das Relações Exteriores orienta os brasileiros que evitem viagens não essenciais à região, em particular a Israel, Palestina, Líbano, Síria, Jordânia, Iraque e Irã e que os nacionais que já estejam naqueles países sigam as orientações divulgadas nos sítios eletrônicos e mídias sociais das embaixadas brasileiras.
O Itamaraty vem monitorando a situação dos brasileiros na região, em particular em Israel, Palestina e Líbano desde outubro passado.
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Por que o Luladrão se aproxima do Irã? Obviamente ele quer um Brasil com o povo totalmente dominado como tem o Irã. Luladrão não pode contar com a teocracia para ganhar seguidores, portanto como tambem acontece no Irã, ele faz uso das urnas eletrônicas. Cada eleição é determinada pelas pessoas que comparecem as urnas e aqueles que fazem a contagem dos votos e manipulaçâo das urnas inauditáveis.
O sub sub subalterno anãozinho de jardim desse pseudo tamborim não passa de rapaz de recado e entrega de pão com mortadela.
O anão diplomata não se informa antes de falar e a fraude eleitoral Lula III demonstra como está fazendo ainda pior e que é só esperarmos para vermos mais.