O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu enviar a embaixadora Glivânia Maria de Oliveira para representar o país na cerimônia de posse do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, que vai ocorrer em 10 de janeiro.
Essa decisão foi tomada mesmo sem o reconhecimento oficial dos resultados das eleições venezuelanas de 2024, amplamente questionadas pela oposição local e por parte da comunidade internacional.
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva optou por permanecer no Brasil e decidiu não enviar nenhum de seus ministros a Caracas. Mas, na prática, a presença da embaixadora representa um reconhecimento da Presidência de Maduro.
Lula e o ditador são aliados de longa data, apesar de um leve estremecimento da relação nos últimos meses, depois de o governo brasileiro cobrar as atas das eleições, até hoje não divulgadas pelo regime.
A eleição na Venezuela foi marcada por perseguição da oposição, cassação de registros políticos e denúncias de fraude no momento da votação. Instituições independentes, como o Center Carter, constataram as fraudes; Edmundo González, o candidato da oposição, seria, de fato, o vencedor das eleições realizadas em 28 de julho.
A relação de Lula e Maduro
A decisão de enviar a embaixadora reflete um esforço do governo brasileiro em manter abertos os canais diplomáticos com o governo chavista, apesar das tensões e do distanciamento político recente entre os dois países.
A tentativa de Lula de reabilitar Maduro politicamente, ao recebê-lo em uma cúpula de líderes sul-americanos em Brasília em 2023, gerou críticas de outros presidentes, como Luis Lacalle Pou, do Uruguai, e Gabriel Boric, do Chile, que expressaram abertamente suas preocupações em relação ao regime venezuelano.
Além disso, Lula tentou se posicionar como um mediador no conflito político interno da Venezuela. O Acordo de Barbados, que contou com a contribuição do Brasil para tentar aliviar as tensões políticas na Venezuela, acabou sendo desrespeitado, intensificando o afastamento entre o governo brasileiro e o regime de Maduro.
Impacto nas relações bilaterais
Esse fracasso nas negociações dificultou ainda mais a relação entre os dois países, já fragilizada pelas acusações de abuso de direitos humanos feitas contra o governo chavista. Ademais, a proximidade de Lula com o regime venezuelano tem sido alvo de críticas de seus adversários políticos no Brasil, que apontam para os custos políticos dessa relação.
Nos últimos meses, pesquisas de opinião têm mostrado uma crescente impopularidade de Maduro, refletindo um rechaço ao apoio do presidente brasileiro ao regime chavista. Esse cenário tem impactado negativamente a imagem de Lula em seu terceiro mandato.
Depois das eleições, o regime chavista passou a criticar abertamente Lula e o Itamaraty, chegando a afirmar que o presidente brasileiro estaria a serviço da CIA, o serviço de inteligência dos Estados Unidos. O Itamaraty não respondeu às declarações do procurador-geral venezuelano, William Tarek Saab.
É bem o contrário né……
Quando um presidente envia um representante a posse de outro, significa veladamente, que ele não dá tanta importância ao ato.
Se o Lula fosse à cerimônia seria um reconhecimento explícito de aceitação, mas mandar alguém no lugar é apenas protocolo…….matéria direcionada a desinformar a população
Por que Lule não vai? Ele não é baba-ovos do Maduro?
Não não é….. simples…….aceita que dói menos……te ensinaram errado
A chamada da matéria da OESTE acompanha as manchetes da mídia do consorcio. Não adverte o leitor da incoerência. Já virou a Jovem Pan?
Está aí. O lula reconhece o maduro como presidente legítimo da Venezuela. Não adiantou comportar-se como um bagre ensaboado, acabou por revelar a sua posição em prol da ditadura venezuelana, o que, aliás, é coerente com todas as posições que tem assumido em nome do Brasil desde que foi colocado na cadeira de presidente. Na verdade ele não se sente bem com nenhum regime democrático.