O governo vai adotar uma série de medidas para evitar a pulverização dos empregos. Serão anunciadas ações a conta gotas, não um pacote robusto. Até porque algumas estão sob análises. Umas podem vingar, outras, não. O primeiro ato pode ser anunciado nesta sexta, 27 e vai custar R$ 36 bilhões.
Será uma espécie de repaginação da Medida Provisória (MP) 927/2020, que previa a suspensão de contratos de trabalho por quatro meses. Na nova proposta, esse recurso ficará disponível somente para empresas que forem obrigadas a permanecer fechadas por decretos de governos estaduais, à exceção de micro e pequenas empresas.
Outras propostas na mesa em análise até ontem também podem ser anunciadas hoje. A suspensão de emprego com salário pago limitado a um valor entre 25% e 50% está no radar e deve vingar. Outra ideia é a manutenção de empregos com suspensão dos salários integrais pagos pelos empregadores.
Nessa situação, o trabalhador teria a jornada reduzida e o governo entraria com um apoio financeiro decrescente e proporcional conforme o tamanho do salário na folha de pagamentos. Os recursos, estimados na ordem de R$ 36 bilhões, virão do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).