O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), expressou descontentamento com a “guerra dos bonés” nos primeiros dias da reabertura do Congresso Nacional. Ele criticou parlamentares que usaram bonés para transmitir mensagens políticas.
Motta destacou em publicação no Twitter/X que “boné serve para proteger a cabeça do sol, não para resolver os problemas do país”. Ele ressaltou a necessidade de mente aberta para promover o desenvolvimento do Brasil.
A crítica de Motta envolveu apoiadores tanto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP) quanto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Manifestações da oposição
Nos primeiros dias de sessão, esses grupos usaram bonés com mensagens políticas para se posicionar. A oposição, liderada por Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), produziu 30 bonés verde-amarelos com “Comida barata novamente. Bolsonaro 2026”.
Cavalcante afirmou que foi uma resposta direta a provocações de apoiadores de Lula. Os bonés também traziam paródias de marcas conhecidas, como “Nemcafé”, em alusão ao aumento do preço do café, e uma imagem de Bolsonaro em uma embalagem de carne com “Picanha Black”. Sóstenes compartilhou a distribuição dos itens nas redes sociais.
Durante as sessões, parlamentares que apoiam Bolsonaro provocaram o presidente Lula com cânticos sobre a situação alimentar do país. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), repreendeu o gesto, pedindo “cordialidade e respeito”.
Como surgiu a ‘guerra dos bonés’, criticada por Hugo Motta
Durante a definição dos novos presidentes das Casas, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, distribuiu bonés azuis com a mensagem “O Brasil é dos brasileiros”.
A frase foi idealizada pelo ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Sidônio Palmeira, como uma resposta aos bonés vermelhos com o lema “Make America great again” (“Faremos a América grande novamente”, em tradução livre). A frase é associada ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
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