O deputado federal Eduardo Velloso (União-AC) disse que assinará o pedido de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda nesta quarta-feira, 5.
Essa afirmação contraria a tese de que o parlamentar iria recuar, depois de sofrer pressão do Planalto. Em maio de 2023, sua irmã passou a ocupar um cargo de confiança na Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur).
Luciana Borges de Velloso Viana, a irmã do deputado, trabalha na diretoria de gestão e inovação, com remuneração de R$ 18.938,63. Para salvá-la, o parlamentar teria retirado seu apoio ao impeachment do presidente.
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Depois de seu nome sumir do grupo de apoio, Eduardo afirmou ao portal Metrópoles não ter poder de influência para definir o que acontecerá com Luciana. “Se ela tem a infelicidade de ser irmã de um parlamentar, não posso deixar isso interferir”, disse. “Ela caminha com as próprias pernas.”
O autor do pedido de impeachment, deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS), publicou em sua rede social, também nesta quarta-feira, uma lista atualizada de deputados assinantes. Segundo Nogueira, são 132 – incluindo Eduardo Velloso.
Oeste entrou em contato com as assessorias dos citados, mas não obteve resposta.
Ao Metropoles, a Embratur alegou que a contratação de Luciana foi uma solicitação do ministro do Turismo, Celso Sabino, que possui “os requisitos profissionais para a vaga” e tem as atividades registradas em relatórios periódicos.
Pedalada no “Pé-de-Meia” pode causa impeachment de Lula
O pedido de impeachment tem como base irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas da União no programa Pé-de-Meia, do Ministério da Educação. A oposição diz que recursos empregados pelo governo não estavam previstos em lei, o que resultou em uma suposta pedalada fiscal de R$ 3 bilhões, como apontado pelo deputado Sanderson (PL-RS).