Depois do ato na Av. Paulista e do protocolo de novo pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, líderes da oposição intensificam ações para pressionar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a pautar a medida na Casa.
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Cerca de 180 congressistas apoiaram o protocolo do novo documento, entregue à presidência do Senado na última segunda-feira, 9.
Os parlamentares disseram ao jornal Gazeta do Povo que uma das principais ferramentas para pressionar Pacheco será a obstrução de votações no Congresso. Além disso, eles planejam uma manifestação em Minas Gerais, o reduto eleitoral de Rodrigo Pacheco.
A expectativa é que a falta de quórum nas votações da Câmara dos Deputados continue nos próximos dias. Já os senadores zeraram a pauta da Casa na semana passada.
Obstrução das votações no Congresso pelo impeachment de Moraes
A deputada federal líder da minoria na Câmara, Bia Kicis (PL-DF), afirmou que a lei manda que Pacheco receba e distribua o pedido de impeachment de Moraes. “Nós vamos obstruir os trabalhos”, afirmou. “Nós vamos parar a Câmara dos Deputados, e os senadores vão parar também o Senado Federal.”
De acordo com o artigo 52 da Constituição Federal, cabe ao Senado processar e julgar ministros do STF por crimes de responsabilidade. Na noite de segunda-feira, um grupo de deputados se reuniu para alinhar o movimento de obstrução.
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Líder da oposição no Senado, Marcos Rogério (PL-RO) afirmou que, neste momento, não há um acordo para obstruir votações no Senado. “Nesse momento o pedido foi apresentado, nós temos que dar tempo agora ao presidente, para ele fazer uma análise e depois se manifestar”, afirmou à Gazeta do Povo. “Obviamente que, esgotado um prazo razoável, aí medidas poderão ocorrer.”
Marcos Rogério também informou que a entrega do pedido de impeachment ao presidente do Senado foi de forma protocolar. “[Pacheco] apenas recebeu, fez uma disposição de que estaria recebendo e dando um encaminhamento como manda o regimento e a Constituição”, afirmou.
Minas Gerais precisa se mobilizar para pressionar Rodrigo Pacheco. Dois senadores foram eleitos por Minas Gerais para que Dilma Roussef não retornasse com as odes à mandioca e os projetos de estocagem do vento: Carlos Viana e Rodrigo Pacheco. Carlos Viana é um político oriundo da mídia. É um daqueles jornalistas que se aproveita da exposição pública, decorrente do exercício profissional, para lançar candidatura. Está licenciado para concorrer à prefeitura de Belo Horizonte. Rodrigo Pacheco é o típico “voto útil” e ele sabe disso. O que ele não sabe é que corre o risco de não conquistar mais cargo eletivo algum. Pode ser que tenha plena consciência da situação e aposte na instalação efetiva da ditadura esquerdista para nunca mais deixar Brasília, mas acho que vive em uma bolha e perdeu a noção do que é certo e errado em termos morais. Pode ser que, reunido na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, o povo que votou de maneira “útil” possa convencer esse senador “inútil” a fazer o que é certo pelo menos uma vez antes do término do mandato.