O deputado federal Célio Studart (PV-CE) pediu o afastamento do ministro do Meio Ambiente depois da divulgação do vídeo da reunião ministerial
O vice-procurador-geral da República, Humberto Jaques de Medeiros, decidiu na sexta-feira 5 dar prosseguimento ao pedido de impeachment contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles (sem partido).
A peça é de autoria do deputado federal Célio Studart (PV-CE).
Em bom português: o pedido do parlamentar passou pela análise prévia da procuradoria. Ou seja, Medeiros entendeu que os fatos narrados podem configurar ato ilícito que merecem averiguação.
De acordo com Studart, Salles cometeu crime de responsabilidade na reunião ministerial de 22 de abril. Na ocasião, o ministro usou o termo “passar a boiada”, em meio à pandemia, para simplificar normas de proteção ambiental.
Leia mais: Ricardo Salles defendeu desregulamentação na reunião
Em síntese, desburocratizar o sistema.
Contudo, a fala foi interpretada pela esquerda e demais partidos de oposição como uma senha do governo para a continuação da suposta política de desmatamento e outras práticas ilegais.
O parlamentar do Partido Verde, então, decidiu pedir o impedimento do ministro.
Agora, cabe à PGR apresentar eventual ação penal contra o ministro junto ao Supremo Tribunal federal (STF), onde enfrenta outro pedido de impeachment.
Expulsão do Partido Novo
No início do mês passado, Ricardo Salles comunicou em sua conta no Twitter que havia sido expulso do Partido Novo. O motivo foi ter aceitado fazer parte do governo de Jair Bolsonaro.
Em comunicado, Salles criticou o ex-presidente do Novo e candidato derrotado à Presidência da República em 2018 João Amoedo. “Entre Amoedo e Bolsonaro, fico com Bolsonaro!”, escreveu o ministro.
Como se perde tempo nesse congresso, todos querendo aparecer de qualquer jeito!
Isto não vai dar em nada!!
#SalleFica