A instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem foi adiada para a quarta-feira 13, às 9 horas da manhã. A informação é da equipe do senador Otto Alencar (PSD-BA), que vai presidir a sessão de instalação do colegiado.
Inicialmente, a instalação foi marcada pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), autor da CPI, para acontecer nesta terça-feira, 12. Depois, contudo, Otto foi indicado para compor o colegiado e, por ser o parlamentar mais velho do Senado, automaticamente se tornou o presidente da comissão.
A Oeste, Otto disse mais cedo que, por “falta de tempo”, hoje não daria para o ato acontecer e remarcou a sessão. Há a expectativa de que Renan seja o relator da CPI da Braskem e o senador Omar Aziz (PSD-AM) o presidente.
O colegiado pretende investigar a Braskem, que foi a responsável pela extração de sal-gema que ameaça desabar em Maceió, capital de Alagoas. A comissão pode tornar alvo o prefeito da cidade, João Henrique Caldas (PL), que pretende tentar a reeleição no próximo ano.
Mais cedo, Renan se reuniu com o presidente Lula, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o prefeito de Maceió, o governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), e outras autoridades.
A ideia do governo era apresentar alguma alternativa a instalação do colegiado. O governo do presidente Lula tem receio de que as investigações da comissão atinjam a Petrobras e a Novodor, antiga Odebrecht. Ambas as estatais possuem grande parte das ações da Braskem. O governo também tenta vender a Braskem, e a CPI pode dificultar a transação.
Durante a coleta de assinaturas para a criação da CPI, inclusive, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), orientou a bancada a não assinar o requerimento da comissão. Apenas o senador Paulo Paim (PT-RS) assinou o documento.
O PT também demorou a indicar os nomes ao colegiado e oficializou as indicações de Rogério Carvalho (SE), como titular, e Fabiano Contarato (SE), líder da sigla no Senado, como suplente, apenas na segunda-feira 11.
Partidos indicam nomes para a CPI da Braskem
Como mostrou Oeste, ao todo, os líderes partidários já os 11 membros titulares da CPI da Braskem, sendo eles: Renan Calheiros (MDB-AL), Efraim Filho (União Brasil-PB), Cid Gomes (PDT-CE), Rodrigo Cunha (Podemos-AL), Omar Aziz (PSD-AM), Jorge Kajuru (PSB-GO), Otto Alencar (PSD-BA), Wellington Fagundes (PL-MT), Eduardo Gomes (PL-TO), Rogério Carvalho (PT-SE) Dr. Hiran (PP-RO).
Dos sete suplentes que a CPI terá, apenas seis nomes foram indicados, sendo: Magno Malta (PL-ES), Fernando Farias (MDB-AL), Cleitinho (Republicanos-MG), Jayme Campos (União Brasil-MT), Soraya Thronicke (Podemos-MS) e Angelo Coronel (PSD-BA).
Aziz é um dos nomes que podem presidir a comissão. Renan deve pleitear a relatoria ou presidência da CPI, pois foi quem teve a iniciativa do colegiado. A instalação da CPI está marcada para acontecer na terça-feira 12.
Após a instalação, os membros elegem um presidente, que escolhe o relator. Antes da primeira sessão da CPI, alguns senadores devem se reunir no gabinete de Aziz.
A ideia é que os trabalhos sejam retomados em fevereiro de 2024. O prazo inicial dos trabalhos será de 120 dias.
Caldas também é aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que rivaliza com Renan em Alagoas.
Leia também: ‘CPI da Braskem também vai ser a CPI da Petrobras e da Odebrecht’, diz senador alagoano