O juiz Tiago Antunes de Aguiar, da 24ª Vara Federal de Pernambuco, decretou a quebra do sigilo bancário, fiscal e de comunicação de Ademilton de Góes Bezerra Filho, ex-assessor parlamentar do senador Humberto Costa (PT-PE).
Ademilton, que estava lotado no gabinete de Costa até abril, é suspeito de integrar organização criminosa que teria desviado R$ 100 milhões por meio de fraudes do Programa Leite de Todos, projeto gerenciado pelo governo estadual para fornecimento do produto na merenda de alunos da rede pública de ensino. Os crimes teriam ocorrido enquanto ele era chefe de gabinete da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Agrário de Pernambuco.
Humberto Costa não é investigado nem citado na Operação Desnatura. Já o ex-assessor foi um dos alvos da Polícia Federal, que na quarta-feira 2, fez buscas em endereços de Ademilton. O juiz também autorizou a PF a acessar e-mails e conversas por celular do ex-assessor.
A Operação Desnatura, cuja primeira fase foi deflagrada em junho do ano passado, considera o ex-assessor de Costa um dos principais integrantes da organização criminosa, que teria adulterado a qualidade do leite, firmado contratos fraudulentos com cooperativas e operado para lavagem do dinheiro obtido ilicitamente.
Cooperativas estariam envolvidas na fraude com ex-assessor de Humberto Costa
Na decisão, o juiz afirma que uma das fraudes se deu “mediante o uso de uma cooperativa de fachada para firmar contratações através de processos de inexigibilidades de licitações”.
Pelo menos três cooperativas estariam envolvidas: a Coopeagri, a Coopepan e a Integrar. Há indícios de que seriam organizações de fachada e de irregularidades em pagamentos. A Polícia Federal também investiga a empresa Natural da Vaca Alimentos Ltda e a Nutrir Comércio, da qual Ademilton faz parte do quadro societário.
Segundo o juiz, chama atenção “o fato de um então servidor do alto escalão da Secretaria de Desenvolvimento Agrário ter sociedade com uma pessoa que era o principal fornecedor da mesma pasta”.
A investigação também mostra que o ex-assessor de Costa seria sócio de Paolo Avallone, apontado como um dos supostos líderes da organização criminosa e um dos principais fornecedores de leite do projeto. Avallone é um dos sócios majoritários da Natural da Vaca e da Planus Administração e Participações, empresas que também têm como sócios Francisco Garcia Filho.
Fraude também envolveria servidores e empresas
Além dos sócios, a investigação também cita Geraldo Fernandes Lobo Nogueira e Domingos Sávio Neves Tavares, funcionários da Planus, e Severino Pereira da Silva, que seria um “testa de ferro” do grupo.
Os servidores públicos envolvidos na fraude, segundo a decisão judicial, são Ricardo Luiz de Oliveira Souza, ex-gerente do Programa Leite de Todos, e Ruy Carlos do Rego Barros Ramos Junior, atual servidor da Secretaria de Desenvolvimento Agrário, além de Ademilton.
Ademilton e os outros investigados ainda falaram publicamente sobre a investigação. O senador Humberto Costa confirmou que Ademilton foi seu assessor de gabinete em Recife por três períodos: entre fevereiro e julho de 2011; entre novembro de 2012 e janeiro de 2019; e entre março de 2021 a abril deste ano. Costa disse que desconhece o conteúdo do inquérito e que “apoia a rigorosa apuração dos fatos por parte das autoridades competentes”.
COM CERTEZA ELE TINHA CONHECIMENTO DISSO.
Gente ruim está sempre acompanhada de outros ainda piores.
O stf logo manda suspender tudo, ponto final.
É muita ousadia deste Juíz.
Não consultou o super ministreco….
Estranho que quando é de direita quebra sigilo bancário, PF na porta com busca e outras coisas mais, mas quando se fala em gente do PT nada é feito ou se é demora 100 anos.
Dracula também gosta de mamar.