A juíza Paula da Rocha e Silva, da 36ª Vara Cível de São Paulo, determinou o despejo do PRTB das salas comerciais onde funciona seu diretório estadual. O imóvel está localizado no bairro de Indianópolis, zona sul de São Paulo. A decisão permite recurso. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
A sigla tem Pablo Marçal como candidato à Prefeitura de São Paulo. Segundo a decisão, o PRTB deve desocupar o local até 24. A empresa proprietária do imóvel alegou falta de pagamento de aluguel e IPTU há três meses.
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A dívida acumulada é de R$ 163 mil, incluindo multa de R$ 60 mil, equivalente a três meses de aluguel. O PRTB foi notificado extrajudicialmente em 22 de agosto, mas não respondeu. Leonardo Alves de Araújo, conhecido como Leonardo Avalanche, é o responsável pelo contrato.
Leonardo Avalanche, presidente do partido e principal apoiador de Marçal, também enfrenta uma ordem de despejo da mansão que aluga em Goiânia, onde mora com a esposa. Os proprietários da mansão cobram R$ 334 mil na Justiça.
Dívida do PRTB inclui aluguéis atrasados
A dívida do PRTB inclui R$ 175 mil em aluguéis atrasados, R$ 6,5 mil de reembolso de IPTUs e R$ 153 mil de multa por ocupação irregular, a R$ 1 mil por dia.
Os proprietários relataram uma mensagem ameaçadora enviada por Avalanche via WhatsApp: “Se você ficar aí perturbando minha mulher, acho melhor você chamar mais gente que você vai ver meu batalhão aí”.
No início de agosto, a Folha de S.Paulo divulgou um áudio em que Avalanche afirma ter ligação com membros do PCC, a maior facção criminosa do país.
Marçal, que inicialmente declarou se sentir constrangido pelas acusações de vínculos entre membros do partido e criminosos e que afastaria Avalanche se pudesse, reatou publicamente com o dirigente em 4 de setembro. O candidato reafirmou sua lealdade a Avalanche e negou qualquer distanciamento.