Pedido de habeas corpus foi negado
Policial aposentado e ex-assessor de Flávio Bolsonaro quando o hoje senador pelo Republicanos do Rio de Janeiro era deputado estadual fluminense, Fabrício Queiroz seguirá preso. Foi o que decidiu o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) na madrugada deste sábado, 20. O Judiciário rejeitou o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa.
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Conforme noticiado por Oeste, o advogado responsável pela defesa de Fabrício Queiroz, Paulo Emílio Catta Preta, impetrou o pedido de habeas corpus no fim da tarde de ontem. Entre outros pontos, ele se baseou no estado de saúde de seu cliente — que alega tratamento contra um câncer no intestino grosso — para reverter a prisão preventiva em domiciliar. Dessa forma, ela poderia ficar em casa. O pedido, contudo, foi negado. Assim, o ex-assessor parlamentar segue detido em cela do complexo penitenciário de Bangu 8, na zona norte do Rio de Janeiro.
“Julgado futuramente”
No primeiro momento, a decisão desfavorável ao policial aposentado veio de modo monocrático. Isso porque o parecer coube à desembargadora Suimei Meira Cavalieri, da 3ª Câmara Criminal do TJRJ. Queiroz seguirá preso, mas ainda terá o seu caso analisado pelo colegiado da 3ª Câmara. “O mérito do habeas corpus será julgado futuramente”, avisa o tribunal, por meio de sua equipe de comunicação. Sem dar prazo, o TJRJ pontua, ainda, que o caso será analisado “após o cumprimento de diligências e a manifestação das outras partes envolvidas no processo”.
Sem detalhes
O TJRJ informou, por fim, que não seria possível dar detalhes do parecer da magistrada sobre a rejeição do habeas corpus. A equipe do órgão pontuou que a falta de detalhes não é responsabilidade de Suimei. “A íntegra da decisão que negou a concessão de liminar pedida pela defesa de Queiroz não está disponível em razão da decretação do segredo de justiça”, divulga, conforme comunicado enviado à imprensa.
Agitação política
Suspeito de participar da “rachadinha” que, de acordo com o Ministério Público, movimentou outros assessores, servidores e parlamentares da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Fabrício Queiroz foi preso na manhã da última quinta-feira, 18. Ele foi localizado em um sítio em Atibaia, cidade do interior paulista, que pertence a Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro. Levado ao RJ de helicóptero, realizou exames no IML, passou pelo presídio de Benfica e, posteriormente, foi transferido para Bangu.
A prisão dele, contudo, não movimentou apenas o Judiciário e o sistema carcerário. O assunto rendeu discussões nos bastidores do poder. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) defendeu publicamente que o também senador Flávio Bolsonaro tenha o mandato cassado. O próprio Flávio, por sua vez, acusou a prisão de ser movimento de terceiros para atacar o presidente da República. Nesse sentido, o líder do governo na Câmara dos Deputados, Vitor Hugo (PSL-GO) garante que o episódio não atingirá o governo federal.
Quando não há Justiça, ocorrem Injustiças.
Justiça? Soltaram milhares de condenados pela própria justiça e vão manter preso um suspeito de participar de rachadinha.
As hienas atacam por quaisquer restos que lhes sejam favoráveis. Tratando-se do ser humano, não há nada mais humilhante.